Por gabriela.mattos

Rio - Foi cremado nesta terça-feira, no Memorial do Carmo, no Caju, o corpo do ex-diretor de Redação do DIA e diretor-executivo do ‘Correio’, da Bahia, Sérgio Costa, 55 anos, vítima de infarto, domingo, em Salvador. Um dos três filhos dele, Pedro, homenageou o pai.

Sergio Costa era diretor-executivo do jornal CorreioEvandro Veiga / Correio

“Meu pai tinha como referência e ídolo o Zico. Tinha o Zico como inspiração e todo dia de manhã vestia a camisa 10 e levava o dia como Zico levaria. Antes de seus adversários acordarem, já tinha estudado tudo o que havia sido publicado no Brasil e no mundo, preparado o café da manhã e dado um beijo na filha. Resolvia os problemas do dia com a frieza de quem sabe bater uma falta no ângulo e com recursos que só um camisa 10 pode ter. Sabia como ninguém desembaralhar o meio de campo, seja no profissional ou no pessoal. Na mesa de bar era imbatível", escreveu Pedro.

Na carta, o filho ainda disse que: "Nunca conheci ninguém que pudesse derrubar, seja no papo, na conversa profunda, nos assuntos filosóficos ou nos copos. Até para beber sozinho ele era a melhor companhia. Sabia respeitar o silêncio como poucos, amava um bom por do sol, os 90 minutos do Flamengo e, principalmente, ver os filhos felizes. Tive a oportunidade de desfrutar dos restaurantes mais chiques até os botecos mais fuleiros em sua companhia, e aprender a convivência dos conselhos de que o importante não é o que está na mesa e, sim, quem está na mesa. Brincamos como meninos, brigamos como meninos e, em pouco tempo, nos vimos como adultos e ainda assim, meninos. Se seu ídolo era o Zico, pai, você é o meu. Descanse tranquilo porque você merece. Um beijo do seu maior fã”.

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