Por luis.araujo

Rio - Em menos de 24 horas, dois policiais militares foram mortos fora de serviço no Rio. A mais recente vítima da violência é o soldado Raphael Nogueira Gama Gomes, 34 anos, assassinado no Santo Cristo, na Zona Portuária, na manhã deste domingo. Ele, que trabalhava na Reserva Única de Material Bélico do Batalhão (RUMB) e era lotado na UPP Macacos, estava de licença-paternidade. Tinha sido promovido semana passada. O corpo foi encontrado no banco trasiero de seu carro. O PM teria sido reconhecido como policial e executado com tiro de fuzil por bandidos da Providência.

Policial estava de licença paternidade por conta de nascimento do filhoReprodução Facebook

Raphael era casado e tinha um filho de 15 dias. No sábado, o sargento Marcelo Oliveira Tostes, de 45 anos, morreu após ser baleado durante uma tentativa de assalto, no bairro Muriqui, no município de Mangaratiba. A mulher dele, também foi baleada, mas sobreviveu.

De acordo com informações da polícia, o veículo de Raphael estava na Rua Waldemar Dutra, próximo à Praça do Santo Cristo, e foi encontrado por um sargento do Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque) que entrava de serviço e estava em uma viatura da unidade.

Uma equipe do 5ºBPM (Praça da Harmonia) chegou ao local depois que uma testemunha ligou dizendo que viu o momento em que dois homens armados saíram do carro e fugiram correndo. Um deles estaria segurando um fuzil.

“Foi barbaramente atingido com um tiro de fuzil no rosto por traficantes da Providência”, se emocionou um PM que acompanhava familiares da vítima no IML. 

É o 17º PM morto este ano no Rio

No local onde o soldado Raphael Nogueira foi assassinado há câmeras da CET Rio, o que não inibiu a ação dos bandidos. As imagens podem servir para identificá-los. Com a morte de Raphael, o número de policiais mortos este ano no Rio já chega a 17. Desde janeiro, 76 PMs foram baleados no Rio.

Segundo a delegada Marcela Ortiz, da Delegacia de Homicídios da Capital, uma perícia foi feita no local e diligências estão sendo feitas para tentar esclarecer o crime.

Para o fundador do Bope, o coronel Paulo Amêndola, o policial também está sujeito a ser vítima de violência. “É a PM que mais mata e mais morre. Em alguns casos eles são caçados”, disse.



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