Por adriano.araujo

Rio - O temor causado pelo violento protesto nesta segunda-feira em Madureira, na Zona Norte, por conta da morte do menino Ryan Gabriel Pereira dos Santos, de 4 anos, baleado na porta da casa do avô no domingo de Páscoa, deixa escolas da região fechadas na manhã desta terça-feira temendo novos atos de vandalismo. Números das secretarias Municipal e Estadual de Educação apontam que pelo menos 3.101 alunos estão sem aulas. Duas estações do BRT depredadas e incendiadas permanecem fechadas e sem previsão de reabertura. O corpo da criança será enterrado na tarde de hoje no Cemitério de Irajá.

Policiais vigiam veículo do BRT que foi incendiado. Prejuízos passam de R$ 1,3 milhãoDivulgação

De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, com informações da 5ª Coordenadoria Regional de Educação, cinco escolas, três creches e dois Espaços de Desenvolvimento Infantil (EDIs) estão sem atendimento no turno desta manhã na região de Madureira. Todas estas unidades atendem a 1601 alunos no primeiro turno. A secretaria informa, ainda, que o conteúdo será resposto.

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Menino Rian Gabriel%2C de apenas 4 anos%2C foi atingido no peito quando estava com o avô na calçadaReprodução TV

Já a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) disse que duas unidades suspenderam suas atividades: o Instituto de Educação Carmela Dutra, que atende cerca de mil alunos em horário integral, e o Colégio Estadual Compositor Manaceia José de Andrade, com cerca de 500 estudantes no turno da manhã. A Seeduc ressaltou que a direção das unidades escolares têm autonomia para tomar providências no sentido de garantir a integridade física e moral de seus alunos, professores e funcionários. Os conteúdos das aulas perdidas também serão repostos.

Estações do BRT fechadas

As estações Vila Queiroz, que foi incendiada, e Otaviano, depredada, seguem fechadas na manhã desta terça-feira, após os atos de vandalismo. As duas atendem diariamente 1.300 passageiros.

Somente o incêndio de Vila Queiroz causou o prejuízo de R$ 350 mil. A estação Otaviano, depredada, ainda não havia sido liberada pela perícia policial para contabilizar os prejuízos. Contando o ônibus articulado que também foi incendiado, os prejuízos chegam a R$ 1,3 milhão.

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