Rio - A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense – DHBF apreendeu as armas dos policias militares do 34ª BPM (Magé) envolvidos em uma troca de tiros, que deixou um menino de 5 anos morto, na comunidade da Lagoa, em Magé, na noite deste sábado.
De acordo com o Delegado de Polícia Giniton Lages, Titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense – DHBF, uma viatura que estava em patrulhamento nas proximidades da comunidade da Lagoa, teria sido recebida a tiros por traficantes. Os policiais revidaram e na troca de tiros Matheus Santos de Moraes foi baleado. O menino foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Outras três pessoas, moradoras da comunidade, também foram atingidas pelos disparos, mas não correm risco de morte.
Segundo o Delegado, os policiais militares envolvidos na ação, logo após o ocorrido, apresentaram-se diretamente ao batalhão e somente depois de terem sidos ouvidos em um inquérito policial militar, apresentaram a ocorrência à DHBF, prejudicando as investigações e possibilitando que vestígios importantes fossem perdidos em razão da comunicação tardia. Uma cópia do procedimento será enviada à Corregedoria Geral Unificada (CGU).
Um inquérito policial foi instaurado pela Polícia Civil para apurar as circunstâncias do fato. Diligências estão sendo realizadas por policiais da DHBF, que buscam identificar a origem do disparo que levou a óbito o menino.
Os policiais militares foram ouvidos e suas armas apreendidas. Será realizada uma reprodução simulada dos fatos visando confrontar as versões apresentadas pelos militares e pelas testemunhas. Nesta segunda-feira, às 14 horas, a DHBF fará novas diligências e perícia complementar no local do fato visando coletar novos dados técnicos que auxiliem nas investigações.
Noite de terror em Magé
LEIA MAIS: Ônibus são incendiados durante protesto em Magé
Por conta da morte de Matheus, alguns moradores iniciaram um violento protesto em Magé. Pelo menos um ônibus foi incendiado e o comércio do local foi fechado.
Passageiros foram obrigados a descer dos ônibus que em seguida foram sendo apedrejados e incendiados. Pelas redes sociais, moradores mostraram preocupação com a situação no local. "Meu marido está lá no meio dessa confusão, sem poder voltar pra casa", escreveu uma mulher.