Por gabriela.mattos

Rio - O pilotis da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) está tomado, nesta terça-feira, por uma ocupação feminista. Nesta manhã, as alunas organizaram uma oficina de cartazes com dizeres contra o machismo, como "O feminismo nunca matou ninguém" e "Mexeu com uma, mexeu com todas". Depois, as faixas foram espalhadas pelo local.

Coletivo de Mulheres da PUC-Rio promoveu debates no campus da universidade%2C nesta terça-feiraTaigra Mendes / Divulgação Coletivo de Mulheres da PUC-Rio

Durante todo o dia, elas estão promovendo debates sobre o movimento com professoras e militantes. O evento ganhou força após a criação nas redes sociais da hashtag "#NósPrecisamosdoFeminismonaPUC", em que as mulheres podem relatar casos de assédio sexual dentro da universidade. Às 18h, as organizadoras vão fazer a "Batucada Feminista", que será um grito contra o machismo, principalmente na PUC.

Alunas promoveram oficina de cartazes%2C na manhã desta terça-feira%2C na PUC-RioCarolina Warchavsky / Divulgação Coletivo de Mulheres da PUC-Rio

Para a estudante Taigra Mendes, de 26 anos, a faculdade é um local de reflexão e diálogo, portanto, essas ações são necessárias e "determinantes nos tipos de profissionais e seres humanos que queremos nos tornar". "Vivemos um momento muito importante na construção de uma visão horizontalizada. A PUC é um ambiente em que as diferenças predominam. É preciso trazer pra prática toda a teoria que nos é ensinada", afirmou aluna do sexto período de Cinema.

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Além dos universitários, a ocupação atraiu também ex-alunos da PUC, como a jornalista Myllena Amorim, de 25 anos. Ela reforçou que esses eventos são fundamentais para mostrar que "as meninas não precisam ter medo" e que elas devem denunciar casos de assédio. "O movimento reforça que todas as mulheres estão unidas contra toda falta de respeito que passamos dentro e fora da faculdade", destacou.

Mulheres espalharam cartazes contra o machismo%2C na PUCMyllena Amorim / Divulgação Coletivo de Mulheres da PUC-Rio

A assessoria de imprensa da PUC informou que o evento promovido nesta terça-feira foi autorizado pela universidade. A universidade reforçou ainda que está "aberta para receber as denúncias, em grupos ou individualmente". "O posicionamento da faculdade é sempre o mesmo: acolher a denúncia, apurá-la e, se for comprovada, a universidade tomará a providência de acordo com cada fato que aconteceu", completou.

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