Por gabriela.mattos

Rio - O aumento no número de mortes provocadas pelo vírus H1N1 em todo o País — subiu de 71 para 102, em uma semana — levou o Estado do Rio a antecipar em cinco dias a campanha de vacinação para grupos de risco (gestantes, pessoas acima de 60 anos e crianças de 6 meses a 5 anos), inicialmente prevista para o dia 30.

No estado, a doença já matou oito pessoas. A última vítima foi Mônica Martinez Carneiro da Silva, de 58 anos, moradora de Volta Redonda, no Sul Fluminense. É o segundo óbito na cidade. Em Resende, o município mais afetado pelo surto, já foram confirmados 13 casos da doença, com dois óbitos.

A campanha vai até o dia 20 de maio, em mais de 3 mil postos espalhados pelas 92 cidades fluminenses. O secretário Estadual de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Jr., explicou que a antecipação é uma medida preventiva. “Esses pacientes especiais são mais vulneráveis às complicações causadas pela gripe”.

A vacina protege contra os três tipos de vírus da gripe que mais circulam no inverno%3A H1N1%2C H3N2 e Influenza BRovena Rosa/Agência Brasil

O diretor de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, acredita que a tendência é que a epidemia de gripe cresça no próximo mês e atinja o seu ponto máximo. Além da vacina, o ministério aconselha a população a lavar sempre as mãos e evitar locais com grande aglomeração de pessoas.

Bombeiros sem transporte

Sem vale-transporte, mais dois bombeiros caminharam a pé para chegar ao quartel. De acordo com o vereador Marcio Garcia, a dupla de guarda-vidas andou, quase 50 quilômetros de Xerém, na Baixada Fluminense, onde eles moram, até a entrada do túnel Rebouças, no Rio Comprido. Eles teriam andado das 5h às 12h40, quando foram resgatados e levados ao Grupamento Marítimo de Copacabana, onde são lotados. A corporação disse que não haverá punição pelo ato. O último benefício, no valor de R$ 100, foi pago no dia 10 de março.

Médicos da UPA de Realengo atendem apenas os casos graves

Os médicos da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Realengo estão atendendo apenas casos mais graves desde segunda-feira para reivindicar o pagamento de salários e melhores condições de trabalho. Eles denunciam o Instituto dos Lagos Rio, a Organização Social de Saúde (OSS) responsável por cuidar da unidade. O Sindicato dos Médicos do Rio entrou com ação judicial contra o instituto, para aplicação de multa.

Segundo o presidente da Sinmed, Jorge Darze, as condições de trabalho são péssimas: porta sem maçaneta, falta de sabão, cadeiras destruídas, falta de colchonete, entre outros. Além disso, o sindicato reclama de um suposto assédio moral por parte da OS, que teria advertido os funcionários por não retornarem ao atendimento. “Eles estão cobrando, sendo que são eles que não estão cumprindo com o que foi determinado”, comentou Darze.

A assessoria do instituto atribuiu o problema ao atraso dos repasses realizados pela Secretária de Saúde, que, por sua vez, informou que os repasses já foram feitos.

?Reportagem do estagiário Caio Sartori

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