Por gabriela.mattos

Rio - Uma amiga da adolescente, de 16 anos, que sofreu estupro coletivo, na Praça Seca, na Zona Oeste, chegou na Cidade da Polícia, na tarde desta quarta-feira, para depor a favor do jogador do Boavista Lucas Perdomo. De acordo com o advogado Eduardo Antunes, as conversas entre a testemunha e a vítima no Twitter mostram que o suspeito, que está preso desde esta segunda-feira, não teve participação no crime. No entanto, a polícia ainda não confirmou o conteúdo do depoimento dela. 

Jovem foi vítima de estupro coletivo na Praça SecaReprodução TV Globo

Na conversa, a testemunha pergunta para uma outra pessoa, que seria a vítima, se "foi o Petão mesmo", como se fosse uma referência a Lucas. A resposta da adolescente teria sido "Não, tá louca (sic)". Em outra parte, a menina disse que recebeu muitas injeções e remédios. Apontado como namorado da jovem, o jogador foi preso enquanto esperava para dar uma entrevista coletiva em um restaurante, no Centro do Rio.

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Na mesma ocasião, Raí de Souza, de 22 anos, se entregou na delegacia e chegou a afirmar que foi o autor do vídeo em que a vítima aparece desacordada. As imagens foram divulgadas nas redes sociais e causou revolta nos internautas. Já nesta quarta-feira, Raphael de Assis Duarte Belo, de 41 anos, também se entregou na Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV). Ele fez uma selfie com a adolescente na cama, enquanto estava desacordada, na madrugada do último dia 21.

Raphael estava escondido na casa de uma tia e foi convencido pelo irmão a se entregar na presença de um advogado. O ex-funcionário da TV Globo, desligado no ano passado, foi levado para a Cidade da Polícia para prestar depoimento. Até o momento, a polícia identificou sete suspeitos de envolvimento no caso. 

Carta pode mudar rumo do caso

Uma nova versão para o caso do estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos é contada em uma carta divulgada, na noite desta terça-feira, numa página do Facebook, denominada "Jacarepaguá Notícias RJ". De acordo com os organizadores da página, o documento seria de Raphael Assis Duarte Belo.

Na carta, o autor diz que, após ter a ideia de fazer uma matinê na quadra do Francão, localidade da comunidade São José Operáio, foi ao "Rodo" pedir autorização a traficantes. "Lá você tem que comunicar tudo que faz", diz o texto. "Peguei a moto, o Raí (de Souza, 22 anos - preso há dois dias) subiu na minha garupa, e fomos lá", continua trecho do documento. Esta ida do rapaz ao Rodo teria ocorrido no domingo, 22 de maio, um dia após a jovem ter sido supostamente estuprada.

"Ao chegar em um beco, a direita, estava a casa abandonada, aberta, toda suja, fedendo a fezes, e com uma mulher nua. Um rapaz que estava perto, por apelido Jefinho, não o conheço, falou: 'Tem uma mulher ai que não quer ir embora. Tá desde o dia do baile'. Olhamos e entramos os três, ficamos entre a sala e o quarto. Ela estava deitada, nua, dormindo, muito suja e com os cabelos embolados. Parecia uma cracuda ou mendiga", diz trecho do documento.

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