Por thiago.antunes
Este é o quinto acidente registrado este ano. Nos outros quatro anteriores%2C houve quatro mortesFrancisco Edson Alves / Agência O Dia

Rio - A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) está apurando as causas de mais um acidente ocorrido no final desta manhã no interior da usina, em Volta Redonda, no Sul Fluminense. Um incêndio atingiu a máquina de Lingotamento Quatro do setor de Aciaria.

A densa nuvem de fumaça preta assustou os moradores no entorno da companhia, mas não deixou vítimas, segundo a própria empresa. Os acidentes vêm se repetindo com frequência na Usina Presidente Vargas. Só nos últimos 15 meses, seis operários morreram.

A assessoria de imprensa da CSN informou que uma perícia no local do acidente está sendo feito, mas tudo indica que o que houve foi um princípio de incêndio, “rapidamente controlado” pelas brigadas da usina. Os prejuízos nos equipamentos ainda estão sendo calculados, mas a assessoria garantiu que o episódio não vai impactar a produção de aço.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Sílvio Campos, voltou a criticar a direção da empresa, que não estaria priorizando a segurança dos metalúrgicos. “Este a acidente prova, mais uma vez, o sucateamento dos equipamentos da siderúrgica de Volta Redonda, que virou uma bomba-relógio. Não é de hoje que estamos alertando sobre isso. Os trabalhadores estão correndo riscos todos os dias”, advertiu Sílvio.

Entre o final de abril e meados de maio, quatro funcionários morreram, em consequência de outro incêndio grave na CSN, no dia 25 de março: Aluênio Francisco Alves Gouveia, de 31 anos, Dênis da Silva, 25, Renan Martins, 29, e  Wanderley dos Santos, 38. A Oposição Sindicato também vem fazendo sérias críticas à falhas no setor de segurança da CSN.

Fumaça assustou moradoresFrancisco Edson Alves / Agência O Dia

“Não é só os funcionários que passam a ficar cada vez mais expostos a tragédias, mas a população em geral. Será que a direção da CSN está esperando acontecer uma catástrofe para se conscientizar da importância de se investir na prevenção de acidentes?”, questiona Tarcísio Xavier, da Oposição Sindical.


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