Por gabriela.mattos
O motorista de ônibus Alex Antônio de Souza Silva%2C de 34 anos%2C foi assassinado em Nova IguaçuDivulgação

Rio - Uma discussão de trânsito terminou em morte na tarde de domingo, em Austin, Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Alex Antônio de Souza Silva, de 34 anos, dirigia um ônibus da empresa Linave, no itinerário Austin x Carlos Sampaio, quando foi morto a tiros na Rua do Chuchu. Minutos antes, ele havia batido com o veículo em uma motocicleta. O condutor da moto teria ficado ferido, seguiu Alex até o ponto final da linha e disparou seis tiros. Quatro deles atingiram Alex nas costas. A vítima morreu dentro do ônibus e o suspeito conseguiu fugir.

Alex, que foi enterrado nesta segunda-feira no Cemitério de Nova Iguaçu, tinha uma filha de 11 anos. “Ela ficou o tempo todo alisando o rosto do pai durante o velório. Chorou e se desesperou. A menina era a paixão da vida dele. Seu grande amor”, afirmou Márcia Andrea Oliveira, 39, viúva da vítima.

De acordo com ela, o marido já tinha pensado em abandonar a profissão por causa dos riscos. “Ele falava em largar tudo e se tornar motorista de transporte escolar. Dizia que havia muitas brigas de trânsito. Estava preocupado”, contou.

Amigo de Alex, Uédson Barreto, 45, disse que o motorista nunca havia brigado no trânsito, mesmo trabalhando ao volante há muito tempo. “Era uma pessoa muito tranquila”, fez questão de afimar Uédson.

Em nota, a Polícia Civil informou que foi instaurado um procedimento para apurar as circunstâncias da morte do motorista da empresa Linave. A perícia foi realizada no local e investigação detalhada está sendo realizada para apurar a autoria do crime. Nenhuma linha de investigação será descartada, apesar da forte suspeita de morte por conta de uma briga no trânsito.

De acordo com o delegado titular da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), Giniton Lages, o assassino já foi identificado, mas ele não entrou em detalhes sobre o assunto. Chegou a circular nesta segunda-feira entre os parentes da vítima a informação de que um homem, que seria ex-policial, foi detido como suspeito do crime, mas o delegado da DHBF não confirmou.

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