Por tiago.frederico

Rio - A rotina de violência nas favelas "pacificadas" do Rio de Janeiro fez duas mais vítimas nesta semana. Um idoso ficou ferido com os estilhaços de uma bomba de fabricação caseira no Complexo da Penha, Zona Norte da cidade, neta quinta-feira, e o cãozinho Sheik foi baleado na patinha durante a manhã da última terça-feira, no Jacarezinho, Zona Norte da cidade.

Segundo o comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Parque Proletário, o alvo da bomba lançada por criminosos, por volta das 10h desta quinta-feira, na região da Rua 14, eram policiais da unidade que faziam patrulhamento na região, no entanto, nenhum militar foi atingido. Estilhaços acabaram ferindo um idoso, cuja identificação ainda não foi divulgada. O homem foi socorrido por policiais e encaminhado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. Não há informações do seu estado de saúde.

Sheik terá que amputar a patinha esquerda dianteira após ser baleado no Complexo da PenhaDivulgação

Já no Jacarezinho, na terça, durante confronto, o cãozinho Sheik acabou sendo baleado na pata dianteira esquerda. O cachorro foi encaminhado à Suipa (Sociedade União Internacional Protetora dos Animais). Segundo a presidente da unidade, Izabel Cristina Nascimento, ele terá que amputar patinha, devido a uma fratura exposta no úmero esquerdo.

"Nesta sexta-feira será a cirurgia com anestesia inalatória, por ser mais segura. Ele perdeu muito sangue e está anêmico. Terá que receber transfusão de sangue durante a cirurgia", explicou. 

MAIS DE 1.500 ALUNOS SEM AULA

Nesta manhã, mais de 1,5 mil alunos não puderam ir à aula em favelas "pacificadas". No Jacarezinho, uma operação realizada pelo Comando de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar afetou a vida de 1.354 estudantes. Além disso, a circulação de trens do ramal Belford Roxo, que passa nas imediações da favela, foi parcialmente suspensa.

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Já no Complexo do Alemão, 150 alunos de uma creche ficaram sem aula pela manhã. Agentes da 24ª DP (Piedade) estiveram na Fazendinha, segundo a Polícia Civil, para realizar "apenas consolidação de dados de inteligência". A assessoria de imprensa da corporação não informou se os policiais realizaram disparos.

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