Por felipe.martins

Rio - O corpo do estudante da UFRJ Diego Machado Vieira, 30 anos, foi sepultado no final da manhã desta quinta-feira em um cemitério de Acará, cidade vizinha à Belém, capital do Pará. Cerca de 30 amigos, (entre estes estudantes da universidade) e familiares acompanharam o velório sob forte emoção. Cânticos religiosos e discursos lembrando passagens da vida do paraense foram acompanhados com lágrimas pelas pessoas presentes. Diego foi encontrado morto no sábado, dia 2 de julho, próximo ao alojamento do campus da Ilha do Fundão. 

O corpo chegou em Belém do Pará na madrugada desta quinta-feira, doze dias após a morte. A crise no estado atrasou a conclusão do trabalho do Instituto Médico Legal. A falta de reagentes químicos fundamentais para a realização do exame que apontará a causa da morte do paraense provocou o atraso da liberação do corpo. Procurada pela reportagem do DIA, a Delegacia de Homicídios (DH) informa que aguarda a conclusão do laudo do IML para a conclusão das investigações do caso.

Jovem universitário é assassinado no campus da UFRJ e amigos suspeitam de homofobiaDivulgação

Relembre o caso

O corpo foi encontrado por volta das 18h  do último dia 2 sem as calças e em posição de luta, com marcas de agressão na cabeça. Amigos da vítima suspeitam que o crime foi motivado por homofobia. A reportagem do BLOG LGBT do DIA apurou que estemunhas viram um homem branco, sem camisa, com a roupa manchada de sangue e arranhões pelo corpo tomar o ônibus da linha 485 por volta do meio-dia do sábado, depois do desaparecimento do jovem. De acordo com a Polícia Civil, câmeras de segurança da região e da empresa de ônibus foram solicitadas para ajudar na elucidação do caso.

Diego era estudante de Letras e tinha a intenção de trancar a faculdade de arquitetura e iniciar o curso de Comunicação Social. “Ele era um artista. Eu dizia para ele que era o Leonardo da Vinci do século XXI. As poesias dele me faziam chorar. As pinturas dele são vibrantes. Fazia cadeiras, mesas, muita coisa. Eu e ele estávamos fazendo uma série de cadernos para vender”, lembrou a amiga Pérola Gonçalves.




 

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