Rio - O ministro das Relações Exteriores, José Serra, visitou na manhã deste sábado o Palácio do Itamaraty, sede da pasta no Rio. O local será palco de quatro recepções para os chefes de Estado e de governo que irão à cidade por conta da Olimpíada e da Paralimpíada — na abertura e no encerramento das respectivas competições. De acordo com o ministro, até agora já confirmaram presença 45 líderes de nações e 55 ministros de Esportes.
Serra conheceu o trajeto que os convidados farão quando chegarem ao Palácio, o local onde o presidente em exercício Michel Temer deve cumprimentá-los e o ambiente onde será realizada a recepção Os chefes nacionais entrarão pela porta principal e vão seguir até o prédio da biblioteca, construído entre 1926 e 1930 e situado aos fundos. No trajeto passarão por corredores e pelo jardim, onde há um lago. Caso não esteja chovendo, é no jardim que Temer e sua mulher, Marcela, vão cumprimentar os convidados. A recepção ocorrerá no salão nobre e na sala de leitura da biblioteca.
De acordo com ministro das Relações Exteriores entre os nomes confirmados está o do presidente da França, François Hollande e o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi. Os presidentes da Argentina, Maurício Macri; da Colômbia, Juan Manuel Santos; e do Paraguai, Horacio Cartes, também já estão confimados. Além de vários líderes europeus.
Cada recepção deve reunir cerca de 1.500 pessoas. O custo delas ainda não está definido — o governo está fazendo pregões para contratar as empresas responsáveis, mas o governo federal calcula que o gasto total com os quatro eventos vai superar R$ 2 milhões. O Palácio do Itamaraty passa uma reforma pontual para as recepções.
O ministro não quis informar detalhes sobre a segurança dos chefes de Estado e de governo, mas admitiu que "a segurança aperta" em função dos recentes atentados terroristas pelo mundo. Ele se disse surpreso com a disseminação do terrorismo ligado ao fanatismo religioso - "uma espécie de doença que acomete o mundo" - e elogiou o esquema de segurança montado para a Olimpíada.
Serra elogiou a Polícia Federal pela prisão dos brasileiros suspeitos de organizar atos terroristas. "Podem ser amadores, mas esse tipo de violência não exige profissionalismo, exige fanatismo, esse tipo de doença mental", classificou.