Por clarissa.sardenberg

Rio - O episódio dos três turistas suecos obrigados por traficantes a entrar no Complexo do Lins, na Zona Norte, na noite desta quarta-feira, repercutia na imprensa internacional, que deu destaque à fragilidade da segurança do Rio às vésperas do início dos Jogos Olímpicos. Segundo a Polícia Civil, nada foi roubado do grupo. O jornal sueco "Aftonbladet" destacou a facilidade da abordagem por "homens armados" e informou que o Ministério das Relações Exteriores da Suécia ainda não tinha informações sobre o fato, mas que iria apurar o ocorrido.

Já o site australiano "The Australian", fez um contraponto mostrando que a delegação olímpica do seu país foi proibida de visitar qualquer favela desde fevereiro deste ano por conta da violência. Na ocasião do anúncio, houve polêmica.

O tabloide britânico "The Sun" falou que o ataque aos turistas foi "chocante". "É apenas mais uma indicação de que a cidade anfitriã da Olimpíada é extremamente volátil".

A mídia internacional ainda fez uma confusão ao relatar o caso. O canal "Sportinglife" deu a notícia e ao mencionar a violência na cidade relatou o sequestro da sogra do chefe da F-1, Bernie Ecclestone, que ocorreu em São Paulo como se houvesse sido no Rio.

Saiba mais: Suecos são levados para o Complexo do Lins

Na ocasião, o trio estava em um carro do Uber quando um deles pediu para o motorista parar na Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá para que ele pudesse tirar fotos da comunidade. Rapidamente, criminosos armados abordaram o homem e mandaram que os outros suecos saíssem do veículo. Após ouvir um tiro, o motorista foi até a 25ª DP (Engenho Novo), que voltou ao local, mas descobriu que o trio já havia deixado o local.

Segundo a Delegacia Especial de Atendimento ao Turismo (DEAT), nada foi roubado do grupo. Agentes foram até um hotel na Rua do Senado, no Centro, onde os suecos estão hospedados e ouviu que eles foram liberados pelos traficantes depois de mostrarem as fotos, desceram a comunidade e pegaram um táxi até o hotel.

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