Por gabriela.mattos

Rio - O incêndio que provocou a morte de um interno, de 15 anos, e destruiu um alojamento para adolescentes em conflito com a Lei, também causou estragos na relação entre servidores e a direção do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase). Agentes do órgão denunciaram a falta de equipamentos e de treinamento para combater incêndios nas unidades. “Há mais de cinco anos não é ofertado um único curso específico”, afirmou, em nota, o Sindicato dos Servidores. Para o vereador Márcio Garcia (REDE), major do Corpo de Bombeiros, pela característica da unidade, que mantém seres humanos encarcerados, mas não tem alternativa de evacuação em casos de sinistro, é imprescindível a presença de pessoa qualificada. “Tinha que ter ao menos um brigadista na equipe”, reclama.

Sobre as denúncias dos servidores, o Degase se limitou a informar que o material utilizado para combater o incêndio já foi reposto na unidade, e que a ocorrência só não teve gravidade maior graças à ação rápida dos agentes socioeducativos.” O incêndio ocorrido no dia 5 de agosto, na Escola João Luís Alves, Ilha do Governador, teria sido causado pelos próprios internos, que reclamavam das condições em que são mantidos. A Escola tem capacidade de 120 vagas, mas está com 346 adolescentes. Na segunda-feira, novo incêndio foi registrado na unidade. Dessa vez, no entanto, não houve vítimas.

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