Por gabriela.mattos

Rio - A recém-criada Frente Favela Brasil entrou com ação no Ministério Público Federal do Rio contra um homem acusado de crime de racismo na internet. De acordo com o novo partido político, Marcos Clay, que é membro do Conselho Federal de Administração (CFA) do Acre, postou dia 12 no Facebook “Eu odeio preto, mas essa goleira do Brasil tinha chance!”, em alusão a Bárbara Micheline, da Seleção Brasileira de Futebol.

A representação no MPF foi proposta pelos advogados Humberto Adami e Flávia Ribeiro e, de acordo com o órgão, só deverá ser analisada após a Olimpíada. Clay apagou o post em sua página e fez outro, de esclarecimento sobre o caso, no qual classifica a declaração como “brincadeira”. “Muitos negros têm sido presos por desacato por muito menos que isso”, critica o advogado Humberto Adami.

A Frente afirma que espera que o caso seja analisado como racismo, não como injúria racial. “No crime de racismo, o ofensor visa a atingir um número indeterminado de pessoas, enquanto na injúria racial ele atinge a honra de determinada pessoa”, diz o texto da ação. A importância da diferenciação dos crimes diz respeito às penas. Enquanto a injúria costuma resultar em penas alternativas, o racismo dá cadeia.

Em nota divulgada no domingo, o CFA repudiou as declarações: ‘Tolerância zero com tal atitude é o clamor da sociedade e a posição do CFA’.

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