Rio - A morte do vereador Osvaldo Costa, conhecido como Ratinho, pegou muita gente de surpresa. De acordo com o subsecretário de Meio Ambiente de Nilópolis, Luiz Carlos Ramalho — e amigo de Ratinho há 53 anos — até os "adversários políticos gostavam dele."
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"O sonho de Ratinho era ser prefeito e posteriormente deputado federal. Só a polícia pode dizer se foi crime político. Mas não sei dizer se tem motivo para isso já que até os adversarios gostavam dele", disse Luiz.
Segundo a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), Ratinho foi atingido por sete tiros (dois na cabeça, quatro no tórax e um nas costas) por um homem encapuzado que aproveitou a saída de uma mulher da casa do vereador para entrar na residência e efetuar os disparos. Imagens de pelo menos três residências que tinham câmeras de segurança serão utilizadas pelos investigadores para tentar solucionar o caso. Um comerciante também foi intimado para depor.
"Em 2007 ele chegou a ser ameaçado, porém desde então nunca mais relatou algum problema. Foi um crime covarde que a gente não consegue entender. Ele era uma pessoa muito prestativa e que atendia todo mundo", concluiu Luiz.
De acordo com testemunhas, um carro prata estava parado desde cedo com três pessoas dentro e um homem do lado de fora do veículo na Rua Eliseu Alvarenga, próximo a casa da vítima.
Ratinho deixa duas filhas e um casal de netos. O corpo do candidato a vereador será velado na tarde desta quinta-feira, a partir das 17h, no Clube Nilopolitano. Já o enterro acontecerá amanhã, às 10h, no Cemitério Jardim da Saudade em Mesquita.
Crimes contra pessoas ligadas à política têm sido recorrentes nas vésperas das eleições municipais deste ano. Mortes de pré-candidatos a vereador foram registrados em Duque de Caxias e Magé, em julho.