Por gabriela.mattos

Rio - Um dos temas mais sensíveis à população é a Saúde. É desesperador precisar de cuidados médicos e não ter o atendimento adequado ou demorar a encontrá-los. Nos últimos anos, o município investiu na criação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e na prevenção com as Clínicas da Família, assumindo recentemente a administração dos hospitais de emergência Rocha Faria e Albert Schweitzer, na Zona Oeste, que eram estaduais e estavam em péssima situação, em função da crise econômica que o governo do estado atravessa.

A rede de saúde do Município do Rio é a maior do país atualmente. Formada principalmente por 29 hospitais, 120 Centros Municipais de Saúde, 95 Clínicas da Família e 14 UPAs. É integrada por importantes unidades como os hospitais Souza Aguiar, Salgado Filho e Lourenço Jorge, para atendimento principalmente em casos de emergência.

Em janeiro%2C a prefeitura municipalizou o Hospital Albert Schweitzer%2C em Realengo%2C devido à crise no governo estadualMaíra Coelho / Agência O Dia

Mas o desafio ainda é grande, já que nem sempre a quantidade se traduz em total qualidade. Os índices de doenças como tuberculose, especialmente nas comunidades mais carentes, por exemplo, são significativos. A dengue e a a zika apavoram a sociedade.

Problemas como falta de médicos em plantões também preocupam os pacientes, assim como a espera longa por cirurgias eletivas.

As famílias pobres e de classe média baixa são as mais prejudicadas porque dependem exclusivamente da rede pública, já que os planos de saúde privados são inacessíveis, devido aos altos preços das mensalidades.

O presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze, acompanha de perto o dia a dia da Saúde carioca. Ele explica que o município deve assumir a gestão pública das unidades que estão sob a gestão das Organizações Sociais. “Não se pode delegar a saúde a terceiros”, afirma o médico, ressaltando que as OSs poderiam fazer serviço complementar.

Marcelo Crivella (PRB): Meu primeiro dia no governo será com um mutirão na Saúde para começar a zerar as filas de cirurgia. Vamos injetar mais R$ 250 milhões, por ano, e reestruturar a gestão dos equipamentos que fazem atendimento emergencial. Outra importante ação será a criação de policlínicas com especialistas (otorrinolaringologia, oftalmologia, dermatologia, ortopedia) e que contará com equipamentos para exames mais sofisticados (ultrassom e tomografia). Serão mais 20 unidades implantadas até o final de 2020.

Marcelo Freixo (Psol): A falta de controle público sobre a gestão das políticas de Saúde tem gerado um caos no atendimento ao público. Especialmente no que se refere à carência de profissionais. Defendemos a retomada do domínio público sobre a administração dos programas de Saúde, com a implementação de um plano que promova, em acordo com estrutura orçamentária do município, a progressiva redução da participação das Organizações Sociais, garantindo a continuidade na prestação dos serviços e criando postos de trabalho mediante concurso.

Flávio Bolsonaro (PSC): Implantação do e-SUS para informatizar as unidades de Saúde, integrando com os sistemas estadual e federal; PPPs para rede de média e baixa complexidade e gestão direta do município para a rede de alta complexidade; ampliação do Programa de Saúde da Família; criação de Centro de Ouvidoria e Fiscalização; contratação de leitos na rede privada para pacientes do SUS; auditoria em todos os contratos da pasta; redução da carga tributária em serviços médicos privados; e criação de política de apoio ao planejamento familiar.

Jandira Feghali (PcdoB): Saúde tem que ser quando você precisa, onde você precisa e no que você precisa. Vou ampliar as Clínicas da Família e garantir a implementação do horário noturno nestas unidades. É preciso também reduzir o tempo de marcação de consultas, exames e especialidades, integrando toda a rede na cidade. Vou completar também as equipes de médicos, enfermeiros, psicólogos e fisioterapeutas. Além disso, vou garantir atenção total ao parto e à prevenção do câncer de colo e útero.

Pedro Paulo (PMDB): Levarei atenção básica a todos que precisam, com a construção de 40 novas Clínicas da Família e a contratação de mais 240 equipes. Nos últimos oito anos, a prefeitura construiu 135 clínicas e ampliou o atendimento de 3,5% para 70% da população. Vou além: para suprir a demanda por consultas especializadas, exames e pequenas cirurgias, criarei dez Superclínicas de Especialidades nas Zonas Norte e Oeste. As unidades serão dedicadas, cada uma, a uma área diferente, como oftalmologia, ginecologia, ortopedia e cardiologia.

Índio da Costa (PSD): O Rio tem a maior estrutura da saúde pública do país, mas não funciona. Vou administrar os hospitais com gestão eficiente, monitorar o atendimento com tecnologia e controle de indicadores. Com isso, dar mais transparência nas informações sobre o funcionamento de cada unidade. É obrigação garantir atendimento de qualidade, combater fraudes na aplicação dos recursos e disponibilizar remédios para quem não pode pagar. É inaceitável o paciente procurar o médico, receber uma receita e não conseguir fazer o tratamento.

Carlos Osorio (PSDB): A Saúde pública está à beira de um colapso. Vou devolver os R$ 750 milhões que foram retirados do orçamento nos últimos três anos. Além disso, vou determinar, na primeira semana, uma revisão nos contratos das Organizações Sociais (OSs) para garantir a correta aplicação dos recursos públicos e o perfeito funcionamento das Clínicas da Família e das UPAs. Vamos acabar com as filas no sistema de regulação com a criação das Clínicas de Especialistas, que vão garantir o atendimento em consultas, exames e internações.

Alessandro Molon (Rede): Quando mais precisam de cuidado, os cariocas são abandonados nas emergências despreparadas dos hospitais públicos, evidenciando que, apesar dos avanços na atenção básica, crianças, mães e pais continuam em agonia. Faltam especialistas em diversas áreas, o que gera uma longa espera por consultas e exames. Por sua vez, Organizações Sociais de Saúde (OSS) sem fiscalização têm servido para desvio do dinheiro público. Com transparência e participação, vamos expor os caminhos da corrupção.

Carmen Migueles (Partido Novo): O Novo crê na integração de sistemas e uso da tecnologia para a eficiência na Saúde do Rio. Cada hospital, Clínica da Família ou UPA utiliza um sistema diferente, hoje. As unidades geridas por OSs, pela Rio Saúde e da gestão direta devem ser integradas. A ineficiência sangra o caixa, assim como corrupção e desvios por falta de integração dos sistemas e por gestão de secretarias distintas. Priorizaremos modelos de PPP em serviços e infraestrutura, dando melhores condições de trabalho a médicos, enfermeiros e demais profissionais.

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