Por gabriela.mattos

Rio - Assassinado anteontem com pelo menos sete tiros no Centro de Maricá, o coronel Ivanir Linhares Fernandes Filho, de 49 anos, um dos juízes da Auditoria da Justiça Militar que participaria hoje do julgamento sobre o Fundo de Saúde da PM, um dos maiores escândalos de corrupção da corporação, foi substituído ontem pelo coronel Vinicius Lopes Costa. Ele atuava no processo sobre a compra forjada de 75 mil litros de ácido peracético — que esteriliza material cirúrgico — no valor de R$ 4,4 milhões para o Hospital Central da PM, além da aquisição irregular de 200 aparelhos de ar-condicionado.

Hoje, a audiência seria sobre o processo sobre a compra forjada do ácido peracético. Linhares foi sepultado ontem à tarde, no Cemitério Parque Nycteroy, em São Gonçalo. A vítima era subcomandante do 4º Comando de Policiamento de Área (CPA), e estava em uma viatura administrativa da corporação com o sargento Luiz Cláudio Carvalho da Silva, 44, que foi atingido oito vezes. O caixão com o corpo do PM, que recebeu honras militares e da Maçonaria, foi guiado por um capelão e pelo comandante do 4º Comando de Policiamento de Área, coronel Danilo.

O sargento baleado continua internado e foi ouvido ontem novamente pela Polícia Civil, que trabalha com a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte). O secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, disse que pedirá ao governo federal que mantenha as tropas no Estado do Rio.

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