Rio - Vai ser enterrado na tarde deste sábado o corpo do vigilante Rafael de Souza Oliveira Monteiro, de 26 anos, morto dentro de casa por uma bala perdida na comunidade Kelson's, na Penha, na tarde da última quarta-feira. O velório acontecerá à partir das 14h30 e o enterro será às 15h, no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio. Moradores da comunidade conseguiram um ônibus que levarão amigos para a última despedida a Rafael.
Como o DIA noticiou, a família da vítima, por não ter condição de pagar o velório — estimado em aproximadamente R$ 3.600 — decidiu fazer uma vaquinha para pagar o enterro de Rafael. A esposa da vítima até chegou a disponibilizar sua conta bancaria e pedir a ajuda de parentes e amigos. O corpo ficou desde a madrugada da última quinta-feira até a manhã deste sábado no Instituto Médico Legal (IML) de Duque de Caxias.
O caso
O vigilante chegava do trabalho por volta das 15 horas, quando teria começado uma operação do 16º BPM (Olaria). Segundo a família, ele foi atingido durante um confronto entre policiais e traficantes. Rafael chegou a ser levado para o Hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha. Mas por falta de um tomografo foi levado para o Hospital estadual Adão Pereira Nunes, em Caxias, onde passou por uma cirurgia, mas não resistiu e morreu na madrugada desta quinta-feira. O corpo do vigilante foi transferido para o Instituto Médico Legal (IML) de Duque de Caxias. Ainda não há previsão para velório e o enterro.
Contradição no registro de ocorrência
Nesta quinta-feira, segundo a assessoria de imprensa da PM, por telefone, por volta das 20h40, o comandante do 16º BPM (Olaria) foi informado de que um morador havia sido baleado na Kelson's e ele determinou que uma viatura fosse enviada ao Getúlio Vargas. Ao chegar na unidade de saúde, os PMs teriam confirmado o fato. Ainda de acordo com a corporação, os militares seguiram para a 22ª DP (Penha) e registraram um boletim de ocorrência. No entanto, a Polícia Civil desmente a PM e nega haver qual registro de com o nome de Rafael de Souza Oliveira Monteiro, o vigilante morto, naquela distrital.