Por gabriela.mattos
Rio - O retorno de Lula à Presidência da República é o sonho de todo o PT, mas a estratégia para a eleição de 2018 divide o partido. Enquanto algumas lideranças defendem a aproximação com legendas de centro e centro-direita para dar musculatura à campanha, outras dizem que foi justamente a aliança com o PMDB que levou Dilma Rousseff a sofrer o impeachment.
Participam do primeiro time o vice-presidente nacional do PT e secretário de Comunicação do partido, Alberto Cantalice, e o presidente do PT-RJ, Washington Quaquá. Entre os contrários à aproximação estão Tarso Genro (RS), Henrique Fontana (RS) e Lindbergh Farias (RJ).
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Erros e acertos
“Foram os acertos de Lula e Dilma, como os programas sociais, que motivaram o impeachment. Mas ele só se concretizou por conta dos erros do PT, como a aliança com a direita”, avalia Robson Leite (PT-RJ).
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Flechada
O deputado federal Indio da Costa (PSD), que integra a equipe de transição de Marcelo Crivella (PRB) e deve participar do governo do prefeito eleito, diz que o governador Pezão deveria renunciar. “Não adianta dizer que a crise é nacional. Temos um problema regional. Tem que assumir alguém com legitimidade para fazer mudanças.”
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Fome e medo
As cantinas do prédio anexo da Assembleia Legislativa nunca lucraram tanto. Com as manifestações nos arredores, muitos deputados têm preferido almoçar na própria Alerj. Dia desses, os pratos feitos haviam acabado por lá. Já garçons dos restaurantes do entorno reclamam da queda do movimento e, claro, das gorjetas.
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Queixa registrada
Hostilizada por manifestantes que chegaram a fechar a entrada do restaurante Paço Imperial, a deputada Cidinha Campos (PDT), que teve que deixar o local pelos fundos, registrou ocorrência ontem na 1ª DP (Praça Mauá). Levou fotos para identificar as pessoas.
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Visita e recado
Chamada pelos manifestantes de “capacho” por ter visitado Sérgio Cabral na prisão, Cidinha rebateu a crítica no plenário da Alerj. Disse que, em duas ocasiões em que ficou doente, Cabral a visitou em sua casa. E estranhou o fato de Pezão e Jorge Picciani (PMDB) ainda não terem visitado o ex-governador.