No pedido, os advogados da ex-primeira-dama, investigada na Operação Calicute, alegaram que, mesmo após mais de duas semanas da deflagração da Operação Calicute, Adriana Ancelmo não deixou o País, tentou se esconder ou influenciou funcionários ou testemunhas ouvidas pela Polícia Federal.
O habeas corpus também solicitava prisão domiciliar, uma vez que Adriana tem filhos de 10 e 14 anos com o ex-governador Sérgio Cabral, também preso, e que por isso eles estariam desamparados. Mas o juiz não concordou. Nesta quinta-feira, Adriana Ancelmo recebeu a visita dos advogados. Ela ocupa uma cela no presídio Joaquim Ferreira.
Cabral exigiu R$ 25 milhões em propinas da Andrade Gutierrez
Cabral é réu por corrupção, lavagem de dinheiro e quadrilha/pertinência à organização criminosa. Ele foi preso no dia 17 de novembro na Operação Calicute. Está recolhido no Bangu 8. Sua mulher, Adriana Ancelmo, também foi capturada por ordem da Justiça Federal e ocupa uma cela na ala feminina do Bangu.
A acusação da Procuradoria da República aponta para um "esquema de cartelização de empreiteiras e pagamento de propina a agentes públicos em grandes obras de construção civil realizadas pelo denunciado Sérgio Cabral enquanto chefe de Governo no Estado do Rio de Janeiro (2007 a 2014), algumas delas custeadas com recursos federais".