Por rafael.nascimento
Rio - Duas das cinco vítimas da chacina no Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, foram enterradas neste domingo, no Cemitério de Jacarepaguá. Os corpos de Francisco Pimenta Rosa e Lutero Barbosa foram sepultados entre 16h e 16h30. Até às 14h, familiares de Patrícia Aparecida Pimenta e Markeli Maria Leite não haviam informado o local do enterro de ambas. Também não há informações sobre o enterro da filha de Patrícia, um bebê que ela esperava e que acabou morreu no hospital após uma cesária ser feita.

As mortes aconteceram na noite da última sexta-feira, após uma confusão entre uma das vítimas e o policial reformado da PM Luiz Cláudio Machado Paixão. De acordo com o delegado André Leiras, que investiga o caso, "todas as vítimas foram executadas por tiros à queima-roupa. A grávida foi morta com um tiro na nuca, no qual o cano encostou em sua cabeça. Na outra mulher, o disparo foi feito bem próximo ao seu rosto", disse. 

Segundo Leiras o sargento da PM Paixão foi indiciado por quatro homicídios dolosos qualificados em concurso com aborto na sua forma tentada. Na tarde deste sábado, Paixão teve a prisão temporária, de 30 dias, decretada pela Justiça. 
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Tentativa de salvar o bebê mobilizou equipe médica
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a causa da morte foi ocasionada por complicações cardiorespiratórias e pela falta de irrigação sanguínea. 
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Após o crime, policiais miltiares do Batalhão da Barra da Tijuca foram os primeiros a chegar ao local. Eles chamaram o Corpo de Bombeiros com prioridade na tentativa de salvar o bebê, apesar da gestante já estar morta. O corpo de Patrícia foi levado, então, por uma ambulância para a maternidade Leila Diniz, onde a cesariana foi realizada.
Os médicos chegaram a salvar o bebê e, em estado grave, ele foi transferido ainda na madrugada para uma Unidade de Tratamento Intensivo no Hospital Municipal Lourenço Jorge. No entanto, não resistiu.