Por adriano.araujo, adriano.araujo
Rio - Dos R$ 45 milhões disponíveis para os credores do consórcio Goodway, falido em 1995, apenas R$ 1,2 milhão foi retirado até agora na 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio. O valor pago representa 2,6% do total e foi dado a 220 dos 10.370 merecedores. Como noticiou O DIA em julho, foi montada uma força-tarefa por Justiça, Ministério Público e o escritório MVB Consultores Associados, que administra a massa falida, para encontrar os credores.
Eles querem pagar, mas está difícil achar os donos da grana. O advogado Fábio Picanço, da MVB, explica que, na época da falência, quando o Banco Central preparou a listagem dos que haviam contratado a Goodway, foram informados somente os nomes, sem os CPFs. Isso atrapalha a busca, já que existem muitas pessoas com nomes idênticos.
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Outra dificuldade pode ser a faixa etária. Com a passagem do tempo, muitos dos credores devem estar em idade avançada e ter pouco acesso a esse tipo de divulgação — não dá nem para saber, por exemplo, quantos já morreram. “Encontramos poucas pessoas e as demais nos procuraram por causa da divulgação na imprensa”, explica Picanço.
O pagamento é feito com agilidade e em forma de crédito na conta do consumidor, mediante apresenção de carnês — no entanto, os que não guardaram a papelada também serão atendidos pela MVB a fim de comprovar o vínculo.
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A Goodway trabalhava com financiamento de automóveis e sofreu intervenção do Banco Central em 1986 devido à má gestão. Até que em 1995, a pedido dos sócios, a falência foi decretada pela 8ª Vara de Falências e Concordatas da Comarca da Capital. O rombo era de R$ 19,2 milhões.
COMO ENTRAR EM CONTATO 
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Os credores têm à disposição várias formas de contato com a MVB: os telefones (21) 97639-4929 (Claro), (21) 98530-7237 (Oi), (21) 96529-2096 (Tim) e (21) 96785-3658 (Vivo), além do site www.mvbgoodway.com.br e da página no Facebook Massa Falida Consórcio Goodway.
?Reportagem do estagiário Caio Sartori