Por rafael.nascimento
Rio - O aumento do valor do Bilhete Único Intermunicipal entrou em vigor a partir desta segunda-feira, primeiro dia útil de 2017. A tarifa subiu de R$ 6,50 para R$ 8 a todos os passageiros que recebem menos de R$ 3 mil. Houve um reajuste de 23%. Quase um milhão de pessoas que usam o benefício serão afetadas.
No entanto, alguns descontos serão mantidos, como a integração entre o BRT e o metrô, que continua valendo R$ 7. Além disso, a tarifa social das barcas também não sofreu aumento e manteve o valor de R$ 4,10.
Linhas de ônibus intermunicipais da Região Metropolitana do Rio tiveram aumento nesta segunda-feira Paulo Alvadia / Agência O Dia

O deputado estadual Carlos Osorio (PSDB) classificou o aumento como uma "medida equivocada e péssima para o Rio". Segundo o parlamentar, o reajuste será prejudicial para a retomada do crescimento do estado e agravará ainda mais a crise econômica. "Essa decisão é muito negativa para o empregadores e certamente vai gerar desemprego para quem mora nas regiões mais carentes da Baixada e Região Metropolitana. Isso é lamentável! É um equivoco", afirmou.

Ainda segundo Osorio, "essa decisão do governador poderá causar mais demissões". "É lamentável nesse momento de gravíssima crise que estamos vivendo. Hoje, o cadastro do Bilhete Único tem quase 4 milhões de passageiros cadastrados. Já os que utilizam de maneira regular e que moraram na Região Metropolitana e Baixada Fluminense chega a quase um milhão de pessoas dia", acrescentou.

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O defensor público Eduardo Chow afirmou durante entrevista ao "Bom Dia Rio", da TV Globo, que uma ação civil pública e um projeto de lei questionam o direcionamento do valor acumulado no Bilhete Único. Segundo estimativas, R$ 90 milhões acumulados como resíduos nos cartões estavam sendo repassados para os empresários de ônibus. "A ideia dos projetos é que os valores retornem aos bolsos dos trabalhadores", disse.