Rio - Fotografadas com um armamento pesado, as "bandivas" mostraram que o equipamento era de brinquedo nesta sexta-feira. A dupla, que está prestando depoimento na 21ª DP (Bonsucesso), ficou conhecida após publicar imagens com dois fuzis, uma pistola, colete de uso militar e dois radiotransmissores. No entanto, a polícia afirma que as armas são réplicas. e um dos fuzis tinha até o mesmo peso que o de um verdadeiro.
Segundo os policais, o radiotransmissor é um dos originais utilizados por traficantes. Após a repercussão do caso, uma delas já havia ido à delegacia nesta quinta-feira para explicar que "tudo não se passava de uma brincadeira".
Na imagem, a dupla aparece em uma moto com um fuzil, uma pistola, colete e radiostransmissores. A jovem contou que a foto foi tirada em uma rua da Comunidade Vila do João, no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio.
Na delegacia, X., de 18 anos, contou que elas estavam apenas curtindo o Carnaval e que as armas eram airsoft. "É um jogo, não é crime. Pedimos as réplicas emprestadas para tirar as fotos. Não somos criminosas, eu sou manicure. Tenho medo de outras facções acharem que a gente trabalha para o tráfico", disse a jovem. "Temos consciência que fizemos besteira. Pensava sair um dia na capa do jornal, mas não desse jeito", completou.
Segundo o delegado Wellington Pereira, da 21ª DP, há a possibilidade de as armas não serem as mesmas que aparecem nas fotos. "Vou mandar os equipamentos para a perícia. Elas já estão indiciadas pela apologia ao crime. Se o perito disser que não são as mesmas armas, elas podem responder também por associação ao tráfico", explicou. "Elas são um péssimo exemplo para a nossa sociedade", enfatizou Pereira.