Por thiago.antunes

Rio - A Polícia Federal vai investigar o roubo de dois aparelhos — um de endoscopia e outro de colonoscopia — do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle, na Tijuca. Os equipamentos, que custam R$ 140 mil no total, foram roubados na segunda-feira, por volta das 13h, quando estavam sendo esterilizados em uma sala especial.

Sem os aparelhos, pelo menos 1.200 pessoas serão prejudicadas e ficarão sem atendimento, de acordo com a direção da unidade, que é referência no tratamento de Aids e câncer.

Homem suspeito de roubar equipamentos de hospitalDivulgação

Em imagens obtidas pelo DIA, é possível ver um homem levando os equipamentos. Em um determinado momento, o suspeito, apressado, corre pelos corredores da unidade médica. “Acreditamos que ele (o suspeito) já esteve aqui antes. Pode ter se passado por algum paciente ou acompanhante”, contou Fernando Ferry, diretor geral do Gaffrée e Guinle, que destacou o momento oportuno para o crime.

“Foi quando os funcionários estavam almoçando e o setor fica vazio", completou. Nesta terça, policiais da 18ª DP (Praça da Bandeira) estiveram no local para realizar perícia. No entanto, as investigações ficarão com a Polícia Federal, pois a unidade é federal.

Os aparelhos de endoscopia e colonoscopia são usados para diagnosticar o câncer de intestino e para tratar úlcera no estômago. Por mês, pelo menos 400 pessoas utilizam os equipamentos. A direção da unidade acredita que os trâmites licitatórios podem levar até três meses para chegada de novas máquinas. 

Não é a primeira vez que um hospital tem equipamentos levados por criminosos. Em setembro de 2016, um homem se passou por médico e roubou peças de um aparelho de ultrassonografia do Hospital Souza Aguiar, no Centro.

Na ocasião, o criminoso entrou no quarto de um paciente, se apresentou como integrante da equipe médica e efetuou o roubo. O prejuízo foi de R$ 100 mil. No final de 2016, a Polícia Federal prendeu, em Niterói, 11 pessoas de uma organização criminosa que roubava peças de equipamentos hospitalares. 

Reportagem do estagiário Rafael Nascimento, sob supervisão de Angélica Fernandes

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