Por thiago.antunes

Rio - Diante da iminência de fim do Centro Presente, a população e o Poder Legislativo se mobilizam para sensibilizar os órgãos responsáveis sobre a importância do projeto. Como o Informe do Dia antecipou, não há negociação para que o contrato do programa que apresentou excelente resultado seja renovado. A validade expira em junho.

O Conselho de Segurança Centro Histórico e Lapa lançou abaixo-assinado em defesa do projeto. Mais de 1.500 assinaturas foram recolhidas de domingo até ontem à tarde. “As pessoas estão se sentindo mais seguras com o Centro Presente. Éramos órfãos de ações pontuais de segurança, porque a PM não tem estrutura suficiente para fazer ações preventivas”, disse a presidente da entidade, Maria João Gaio.

População faz abaixo-assinado para pedir a renovação do contrato do programa Centro Presente%2C que mantém 538 agentes nas ruasDaniel Castelo Branco / Agência O Dia

Cidadãos reforçam o pedido. “Estou diariamente no Centro do Rio e posso ver a diferença de como era e como é atualmente. Hoje está tranquilo andar, os marginais sumiram e isso não pode acabar”, protestou Júlio Yavecchio Neto, de Itaboraí. O deputado Bruno Dauaire (PR) colheu 36 assinaturas ontem na Alerj (maioria da Casa) reiterando o apoio do Legislativo ao patrocínio da Fecomércio. Uma audiência pública para debater o assunto será agendada para a próxima semana na Comissão de Segurança.

O Centro Presente coloca 538 agentes por dia nas ruas. Roubos de celulares tiveram queda de 84% (13 casos contra dois ) em dezembro de 2016, em comparação com dezembro de 2015. Roubos a pedestres caíram 93% (de 116 para 9) no mesmo mês.

Crimes de rua na Avenida Presidente Vargas diminuíram 73% (de 38 para dez), também em dezembro. Nenhum carro foi roubado em dezembro de 2016. No mesmo mês, em 2015, houve dois registros (queda de 100%).

A prefeitura, que paga metade do patrocínio, diz que tem interesse em manter o Centro Presente e levar o esquema de segurança a outras áreas, como Pavuna. O Detran está em entendimento com o governo para a possibilidade de financiar as operações.

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