Rio - A prefeitura diz ter descoberto uma nova dívida, quase bilionária, herdada de Eduardo Paes (PMDB). Aliados de Marcelo Crivella (PRB) afirmam que a gestão passada deixou pendente o pagamento de despesas que atingem R$ 917.582.094,62. E que tais dívidas, relacionadas à Secretaria de Obras, terão impacto no Orçamento.
Secretário de Coordenação de Governo de Paes, Pedro Paulo Carvalho (PMDB) diz que R$ 717 milhões deste total não precisam ser pagos: “São reajustes contratuais pedidos por empreiteiras e que o Paes não concedeu. Há decisão na Justiça a favor do município. Se o secretário (de Urbanismo e Infraestrutura, Indio da Costa - PSD) agora quer pagar, é porque aceitou o chororô das empreiteiras”.
Resposta
Com relação aos R$ 200 milhões restantes, Pedro Paulo afirma que Paes deixou a prefeitura com dinheiro em caixa para quitar a despesa. E que o valor está incluso em relatório de dívidas já divulgado pela atual gestão.
Na Justiça
A 2ª Vara de Fazenda do Rio determinou que a prefeitura apresente, em até 72 horas, justificativa para altos salários pagos a secretários e auxiliares de Crivella. Entre eles, o do chefe da Casa Civil, Ailton Cardoso, que recebe R$ 32.233,86 mensais — 69% a mais que Crivella, como o Informe revelou em abril.
Mosca na sopa
A exigência ocorre após pedido do advogado Victor Travancas, pedra constante do sapato de Crivella: “O prefeito afirma que o município está quebrado e que há possibilidade de não pagar a servidores, mas paga supersalários aos seus assessores”.
Discussão na Câmara
Um aliado de Crivella justifica a necessidade de corrigir o valor do IPTU. “O Pezão declarou na eleição de 2014 ter um apartamento na Barra, comprado em 1997, avaliado em R$ 168 mil. Quando que um apartamento na Barra vai custar, hoje, este valor? Há defasagem.”
O Fla x Flu da PM
Discussão sobre a atuação da Polícia Militar virou espécie de Fla x Flu esta semana na Assembleia Legislativa. Flávio Serafini e seu partido, o Psol, encabeçaram manifestação de repúdio — Iranildo Campos (PSD) requereu moção de aplausos.
O critério do IBGE
O Conselho Federal de Economia (Cofecon) enviou ofício ao IBGE questionando o critério utilizado para divulgar melhora na economia. “Mudanças provocaram uma abrupta alteração no resultado apurado pela Pesquisa Mensal de Comércio, de variação negativa de -0,7% para positiva de 5,5%.”