Rio - Hoje é comum estar conectado 24 horas por dia. Com a internet, estamos cada vez mais ligados, seja através dos aplicativos de interatividade, pelas mídias sociais, ou do celular, que nem lembramos mais de desligar.
A revolução da informática foi apenas o início de um novo tempo. Pouco a pouco, essa nova cultura, não linear e orientada pela imagem, mais intuitiva e emocional, passou a dominar um novo modelo de compreender o mundo.
Todavia, não podemos nos abster do ambiente presencial. A realidade virtual não passa a substituir a comunidade interpessoal. É importante lembrarmos do olho no olho, do carinho de um abraço, da atenção.
Pressionados a estarmos disponíveis e conectados, muitas vezes abrimos mão de se fazer presente. A facilidade do virtual nos acomoda e logo substituímos o contato pessoal. Mas será válido? O que causo no outro quando deixo de encontrá-lo e adianto o assunto por mensagem de texto?
Preocupado com os exageros do virtual, o Papa Francisco nos convida a refletir sobre a cultura do encontro. De acordo com o Papa, os progressos das tecnologias nos deixam mais próximos de forma global; porém, temos sempre que nos fazer presentes no real.
O Papa alerta que o desejo de conexão digital pode acabar por nos isolar de quem está mais perto. E ainda pior, as pessoas que, pelas mais diversas razões, não têm acesso aos meios de comunicação virtuais, correm o risco de exclusão.
Não vamos esquecer de olhar no olho do outro, dar um sorriso e abraçar, que tecnologia nenhuma é capaz de substituir.
Padre Omar: é o Reitor do Santuário do Cristo Redentor do Corcovado. Faça perguntas ao Padre Omar pelo e-mail [email protected] Acesse também www.padreomar.com e www.facebook.com/padreomarraposo