Por karilayn.areias

Rio - A prefeitura tem distribuído um questionário em que pede aos 7.500 guardas municipais que informem a sua religião. O Censo Religioso desagradou a alguns servidores e foi parar nas mãos do deputado estadual Átila Nunes (PMDB). Adepto da umbanda, o parlamentar entrará hoje na Justiça com uma ação contra a Guarda Municipal (GM).

“Na Tijuca, guardas foram enfileirados e deles se exigiu que revelassem sua crença. Muitos diziam que eram evangélicos, apesar de professarem outra fé”, disse, acusando o prefeito Marcelo Crivella (PRB), ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, de aparelhamento.

A GM reforça que o preenchimento do questionário não é obrigatório. A coluna teve acesso ao boletim interno divulgado, que pontua: “O formulário do Censo Religioso deverá ser preenchido por todos os servidores efetivos e não efetivos da Guarda Municipal de forma voluntária”. 

Projeto de Capelania
Segundo a nota enviada pela Guarda Municipal, a iniciativa do Censo Religioso é da diretoria da GM, e Crivella sequer saberia que a medida está sendo implementada. A intenção é “subsidiar a elaboração de um Projeto de Capelania”. Ainda de acordo com o texto, “o projeto ecumênico tem como objetivo prestar assistência religiosa, espiritual e social aos servidores.”

Pimenta
Já Átila Nunes provoca: “Qual será o próximo passo? Confessar a sua orientação sexual?”.

Padrinho de casamento
O ex-prefeito Eduardo Paes (PMDB) diz que mantinha relação apenas profissional com Alexandre Pinto, o secretário de Obras de sua gestão que foi preso há seis dias na Lava Jato acusado de participar de esquema de corrupção. Mas a coluna apurou que o peemedebista, se não é padrinho político de Alexandre, foi padrinho de casamento. Isso, em 1998.

Há 25 anos
Paes conheceu Alexandre em 1992, no governo de Cesar Maia (DEM). Na ocasião, o peemedebista era subprefeito da Barra da Tijuca e se aproximou do então engenheiro técnico do município para resolver um problema relacionado a enchentes na região.

‘Quase nenhum’
Paes diz, em nota, que “não tinha relação pessoal” com Alexandre e que, quando saiu da subprefeitura para iniciar carreira política, o contato de ambos passou a ser “quase nenhum”. 

Leia a nota na íntegra:

"Conheci o Alexandre Pinto como subprefeito. Ele servidor do município, e eu em um cargo de confiança. Saí da prefeitura e dei início a minha carreira política. Daí para frente nosso contato era quase nenhum. E nesse período ele ocupou diversas funções em vários governos que se passaram até o meu. Obviamente ele foi nomeado por mim em razão de acreditar na sua competência e capacidade de trabalho. Se não tivesse essa convicção, não o teria nomeado. Assumo integralmente a decisão dele ter sido nomeado meu secretário de obras. Disse desde o início, a nomeação dele nada tinha a ver com política. Ao contrário, escolhi um servidor em que acreditava. Não tínhamos uma relação pessoal, mas de trabalho. Como já disse, caso as acusações forem confirmadas será uma decepção."

Clima quente na Alerj
O Psol quer descobrir e divulgar os nomes dos seis deputados que retiraram o apoio à CPI dos Ônibus. Como a coluna antecipou sábado, a CPI vai pra gaveta.

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