Por gabriela.mattos

Rio - Postagens nas redes sociais pedem a investigação da morte da detenta Gisela Trajano de Oliveira, 33 anos. Publicações no Facebook acusam agentes penitenciários de terem executado a presidiária no Complexo de Bangu. 

Após receber alta do Hospital Penitenciário Dr. Hamilton Agostinho Vieira de Castro, Gisela se recusou a ser algemada e teria agredido e ameaçado de morte as duas agentes que a levariam de volta para a cela. A discussão ocorreu na última quarta-feira; a morte de Gisela, no Complexo de Bangu, na quinta.

Laudo assinado pelo médico Fernando Muniz Pedrosa atesta que o corpo não tinha sinais de violência e que a morte ocorreu por causas naturais (doença). Ou seja, Gisela morreu um dia após receber alta do hospital.

O DIA entrou ontem em contato com a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap). Perguntou se haverá investigação para apurar a morte de Gisela e qual a doença que, oficialmente, tirou a vida da detenta de 33 anos. Até o fim do expediente da secretaria, às 18h, as perguntas não haviam sido respondidas.

No Facebook, uma mulher publicou post com os dizeres: “Fiquei sabendo que (Gisela) foi espancada pelos Desip (Departamento do Sistema Penitenciário) lá da UPA (Unidade de Pronto Atendimento)”.

Outra internauta usou a mesma rede social para divulgar texto: “Agora, além de as detentas serem tratadas como bicho, como escória da humanidade, estão também perdendo a vida. Se recebemos uma sentença, é para pagar pelos nossos erros. Não precisa ser humilhada e, pior, perder a vida em um ato de crueldade cometido por quem deveria dar o exemplo. (...) Uma mãe perdeu uma filha, filhos perderam uma mãe vítima de covardia dentro do sistema penitenciário. E o pior é saber que corre o risco de nada ser feito e nenhuma providência ser tomada”.

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