Por thiago.antunes

Rio - O ator José Loreto entrou na campanha que está recebendo obras dos principais artistas urbanos do Brasil em prol do Cartão do Doador de Órgãos. Loreto doou a imagem do quadro pintado por ele e intitulado "O Astronauta".  Através de uma parceria com os produtores e curadores de arte urbana Pagu e Andrea Franco, a iniciativa da Secretaria de Estado de Saúde tem o objetivo de chamar a atenção para a importância da doação de órgãos. O lançamento da edição limitada dos cartões acontece amanhã, às 11h30, no Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo.

Campanha tem como objetivo conscientizar para a doação de órgãosDivulgação

"O transplante é um procedimento que depende primordialmente da solidariedade. É uma grande alegria contar com essa parceria porque percebemos o engajamento de artistas que doaram seu tempo e criatividade para uma causa que é tão nobre. Este ano temos conseguido excelentes resultados e isso é fruto de um trabalho muito sério", disse o secretário de Estado de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Jr.

A ação é uma parceria com os produtores e curadores de arte urbana Pagu e Andrea Franco. Além de Loreto, outros onze artistas também estão participando da ação. São nomes como Luna Buschinelli (que deve entrar para o Guinness com o maior grafite do mundo feito por uma mulher), Bruna Vittori, João Doederlein e Bruno Big, que também doaram desenhos para estampar os cartões.

Para escolher o desenho, fazer sua inscrição no PET e compartilhar com sua família a  vontade de ser doador de órgãos, é só entrar no site do programa: www.doemaisvida.com. br

Aumento no número de transplantes

A previsão é que o ano de 2017 tenha o melhor saldo de cirurgias desse tipo desde que o PET foi criado, há sete anos. Até agosto, foram realizados 966 transplantes no estado. No ano passado, durante todo o ano, foram 1.128.

O grande campeão por enquanto é o transplante de córnea, procedimento que já teve uma fila de espera de 10 anos e cuja média de espera atual é de oito meses. Entre janeiro e agosto de 2017, foram realizados 576 transplantes de córnea, o número supera todo o ano de 2016, quando foram feitos 575 procedimentos desse tipo. Outra boa notícia é que só em agosto foram realizados 106 transplantes de córnea, o antigo recorde mensal era de 96 cirurgias.

"A informação é nossa principal estratégia para que a doação de órgãos seja um assunto encarado com cada vez mais naturalidade entre os brasileiros. Acredito que estamos no caminho certo, a evolução nos números tem nos mostrado isso", explica Gabriel Teixeira, coordenador do Programa Estadual de Transplantes.

Outra cirurgia que está muito próxima de bater o recorde é o transplante de coração. Entre janeiro e agosto desse ano foram realizadas 9 cirurgias, mesmo número do ano passado inteiro. Os números de transplantes de rins também são significativos. No ano passado, até agosto, foram 233 procedimentos. Este ano, no mesmo período, foram 234.

Vidas que dependem do “sim”

A legislação brasileira determina que apenas parentes diretos de pacientes com diagnóstico de morte encefálica têm o direito de autorizar a doação de órgãos e tecidos. Não há nenhum documento que possa ser deixado em vida para garantir que a doação ocorra após a morte. Portanto, conversar entre as famílias e expor o desejo de ser doador é a forma mais importante de fazer com que essa vontade seja respeitada. Em 2016, entre as famílias entrevistadas pelas equipes de acolhimento familiar, 46% deram resposta negativa à doação. Já nestes seis primeiros meses de 2017, esse índice está em 45,5%.

Serviço:

Lançamento dos cartões do doador de órgãos

Local: Hospital Estadual Alberto Torres - Rua Osório Costa, s/n - Colubandê, São Gonçalo – RJ

Horário: 11h30

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