Por thiago.antunes

Rio - A Auditoria da Justiça Militar determinou, nesta quarta-feira, a soltura do major Alexandre Silva Frugoni, ex-comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Caju. A prisão preventiva do oficial foi revogada e o conselho da instituição decretou a suspensão do exercício de sua função pública. Com isso, o PM ficará apenas alocado em funções administrativas, que serão decididas pela Polícia Militar.

Alexandre Frugoni está desde 2002 na corporaçãoReprodução

Frugoni foi preso no dia 11 de outubro, após uma devassa na UPP Caju pela Corregedoria da corporação. Os agentes descobriram armas, munição e drogas dentro de armários e no gabinete do major. Com ele, mais quatro policiais foram presos em flagrante. 

Na decisão, a Auditoria destaca que "o militar já foi afastado de suas funções na Unidade de Polícia Pacificadora, não sendo necessário, por ora, a decretação de medida mais gravosa para interromper o ciclo criminoso e resguardar a tranquilidade pública".

Major era investigado há 5 meses

Supostos crimes militares, especialmente venda de armas apreendidas em operações para traficantes por policiais, já eram alvos de investigações do Ministério Público do Estado e da Corregedoria da Polícia Militar do Rio de Janeiro, envolvendo agentes subordinados ao major Alexandre Frugoni, desde o primeiro semestre deste ano.

Na época, Alexandre, comandante da UPP Caju, estava à frente da unidade dos morros da Coroa, Fallet e Fogueteiro, no Centro da cidade. Em meados de maio, conforme reportagem do SBT exibida no dia 19 daquele mês, o MPRJ enviou denúncia à Auditoria da Justiça Militar detalhando o caso de um fuzil apreendido numa incursão de PMs daquela unidade, e não apresentado posteriormente em registro feito na 7ª DP (Santa Teresa). A partir disso, foi dado início a inquérito instaurado para apurar suspeitas de desvios de munição e apreensão de armas, sem que fossem apresentadas à Polícia Civi

 

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