Por thiago.antunes

Rio - Docentes e pesquisadores da Universidade do Estado do Rio (Uerj) participarão da 3° Marcha pela Ciência, no próximo sábado, no Centro do Rio, com o objetivo pressionar os governos estadual e federal contra o corte de quase metade dos recursos para a área de ciência e tecnologia no estado em 2018. 

O evento acontece simultaneamente em cidades de todo o país e também no exterior, através de atos organizados por instituições de pesquisa.

De acordo com a proposta apresentada pelo governo estadual à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), por meio da Lei Orçamentária Anual (LOA), os recursos para a área de Ciência e Tecnologia destinados ao Estado serão reduzidos em 48% em 2018. A previsão passou de R$ 364 milhões, em 2017, para R$ 189 milhões, em 2018. Para o sub-reitor de Pós-Graduação da Uerj Egberto Gaspar de Moura, as pesquisas podem ficar inviabilizadas caso a proposta seja aprovada no Congresso.

"Por enquanto, os cortes ainda não então afetando as bolsas, mas praticamente zeram os auxílios que permitem com que os pesquisadores concluam os seus trabalhos. Precisamos do apoio da mídia e faço um apelo para que professores e técnicos administrativos estejam presentes com camisas e cartazes que os identifiquem", afirmou Egberto.

Entre as pautas de reivindicação, também estão a garantia do pleno funcionamento das universidades públicas e dos institutos de pesquisas, a continuidade de bolsas de estudo e políticas de permanência para estudantes nas universidades, especialmente cotistas, e a retomada de investimentos em ciência e tecnologia, pelo governo federal, nos mesmos patamares de 2014.

No Rio, o ato está marcado para as 15h, na praça Mauá, em frente ao Museu do Amanhã. Os manifestantes vão caminhar até a Praxa XV, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Além da Uerj, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), entre outros órgãos, estarão presentes.

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