Cápsula encontrada no chão da avenida depois do tiroteio entre bandidos e policiais militares - Severino Silva
Cápsula encontrada no chão da avenida depois do tiroteio entre bandidos e policiais militaresSeverino Silva
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - Bandidos assaltaram motoristas que passavam pela Avenida Marechal Rondon, no bairro do Rocha, Zona Norte do Rio, no início da manhã desta terça-feira. De acordo com informações do 3º BPM (Méier), policiais do batalhão foram acionados para o local e trocaram tiros com os criminosos.

Um Gol prata foi atingido por um dos disparos. Ainda não se sabe se o carro era de alguém que passava pelo local, no momento do assalto, ou se era usado pelo criminosos. Cápsulas de fuzil ficaram espalhadas pelo chão e várias marcas de tiros, nas paredes dos imóveis. Há poucos metros de onde aconteceu o crime fica a Escola Municipal José Veríssimo.

O crime aconteceu por volta das 6h. Segundo o 3º BPM, policiais realizavam patrulhamento pela avenida quando perceberam que bandidos estariam tentando assaltar motoristas que passavam pela via. Os bandidos conseguiram fugir. Agentes realizam um cerco nas imediações na tentativa de prender os criminosos.

O arrastão já se tornou rotina na vida de quem passa pela localidade. Moradores contam que diariamente bandidos armados aproveitam o trânsito parado para assaltar os condutores. Hoje, por sorte a diarista Maria Angélica Vieira, de 60 anos, não foi vítima dos assaltantes. “Eu moro na (Rua) Senador Jaguaribe e estava me arrumando para o trabalho. Escutei uma rajada de tiros. Foi horrível. Por sorte eu não estava no ponto no horário que tudo aconteceu”, contou ela.

Moradores reclamam da falta de policiamento na área. “De um tempo pra cá não tem mais horário para assaltar aqui. No último domingo, às 20h, também teve um assalto aqui. Vimos tudo do prédio”, disse a enfermeira Simone Magalhães, de 46. Há menos de um mês a mulher disse que escapou de um arrastão na entrada do prédio onde vive. “Eu tinha acabado de deixar o meu filho na natação. Quando chegava na portaria do prédio vi os bandidos e as pessoas voltando na contramão. Foi desesperador. Assim que pude, entrei correndo no prédio”. lembrou Simone.

Perguntados se acreditam na diminuição da criminalidade na cidade após a chegada do Exército, muitos moradores disseram não. É o caso do porteiro Paschoal Silva, de 51. “Não acredito que vá melhorar. Os governantes perderam a mão. Não é de uma hora para a outra que vá resolver isso”, disse ele. 

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