Fachada da Biblioteca Parque da Rocinha Divulgação
Por Agência Brasil

Rio - Fechadas em 2016, em meio à crise financeira do estado do Rio de Janeiro, as Bibliotecas Parque começaram nesta segunda-feira, a ser reabertas. A unidade da Rocinha, na Zona Sul do Rio, foi reinaugurada nesta manhã, e o governo anunciou que, até o início de maio, mais duas devem voltar a funcionar.

Até o dia 29 de março, segundo o secretário estadual de Cultura, Leandro Monteiro, o governo vai reabrir a biblioteca de Manguinhos, na Zona Zorte. A unidade do Centro do Rio, na Avenida Presidente Vargas, deve voltar a receber usuários até o início de maio.

Ainda não há previsão para a reabertura da Biblioteca Parque do Complexo do Alemão, e a unidade de Niterói foi municipalizada em 2017 para continuar recebendo frequentadores. O investimento para manter as bibliotecas funcionando será de R$ 1,7 milhão por mês. De acordo com o secretário, os recursos ficaram disponíveis com o aumento da arrecadação estadual neste ano.

Inicialmente, 30 servidores que estavam lotados na sede da Secretaria Estadual de Cultura foram deslocados para atender ao público entre 8h e 17h. Por meio de uma licitação, o governo contratará uma empresa privada para gerir esse serviço, permitindo o retorno dos servidores a seus locais de origem. O processo deve durar no máximo 30 dias, segundo Monteiro, e atenderá a todas as unidades da rede estadual.

A reabertura da Biblioteca Parque da Rocinha foi marcada por críticas do secretário e do governador, Luiz Fernando Pezão, à prefeitura do Rio. Em outubro, após a série de confrontos que levou a uma operação integrada das polícias estaduais com as Forças Armadas, o prefeito, Marcelo Crivella, chegou a anunciar que assumiria a biblioteca. Pezão afirmou que colocou a unidade à disposição da prefeitura, mas nada foi feito.

“Me pediram, e eu entreguei. Daquilo que entregamos, até hoje, demorou seis meses, e ninguém fez nada. Então, nós vamos fazer”, disse o governador.

Inaugurada em 2012, a Biblioteca Parque da Rocinha já fez 14 mil empréstimos de livros e emitiu 5 mil carteirinhas de usuários. Até ser fechada, em 2016, 145 mil visitantes passaram por seus cinco pavimentos, construídos na Estrada da Gávea, no interior da favela.

De acordo com informações disponibilizadas pela Secretaria Estadual da Cultura, as bibliotecas parque do Rio são inspiradas em modelo criado em Medellín e Bogotá, na Colômbia. São “espaços criados em áreas de risco para oferecer aos usuários acesso imediato e fácil à informação”. A atuação inclui “ambiente de convivência e convergência na comunidade, contribuindo para a diminuição da violência e para a inclusão social”.

A Prefeitura do Rio foi procurada pela Agência Brasil, mas não se posicionou até o fechamento desta reportagem.

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