Rio - Quem ainda estava se recuperando do temporal que caiu na cidade do Rio na Quarta-Feira de Cinzas, foi obrigado a passar por transtornos novamente com as fortes chuvas uma semana depois. Na Ilha do Governador, em que casas estão sem luz desde o primeiro dilúvio, várias ruas ficaram completamente alagadas na madrugada de ontem. O mesmo se repetiu, ainda com mais intensidade, na Zona Sul, Centro e no entorno da Barra da Tijuca. Para hoje, a previsão ainda é de chuva forte.
Sem energia em casa há oito dias, a moradora da Freguesia, na Ilha, Sônia Maria Bahia Barreto, de 66 anos, passou o dia de ontem limpando os cômodos que foram inundados com a última chuva. "Uma árvore caiu em cima de casa no outro temporal e a água entra agora por todos os lados, até pelo ventilador. Estamos desesperados", disse Sônia, que mora com o marido. Segundo ela, a Light voltará hoje para tentar religar a luz.
Em vários bairros da Zona Sul, o retrato era de caos na noite de quarta. Vias como a Voluntários da Pátria, em Botafogo, e a Figueiredo Magalhães, em Copacabana, ficaram tomadas pela água. Nove sirenes foram acionadas em seis comunidades e 17 chamados, sendo 5 emergenciais, foram atendidos pela prefeitura. Por conta do trabalho de limpeza, o Rio ainda continua em estágio de atenção.
Entre os mais prejudicados com as fortes chuvas estão os motoristas, que contabilizaram prejuízos com a enchente. Foi o caso da bancária Aline Rocha, 38, que teve seu carro invadido pela força na água, na Rua do Rezende, na Lapa. Ela precisou desembolsar R$ 170 para higienizar o veículo. "Em 20 minutos o carro ficou todo alagado".
A meteorologista chefe do Sistema Alerta Rio, Juliana Hermsdorff, explicou que as fortes chuvas foram provocadas por uma frente fria. "O calor somado com a frente fria no oceano deixaram a atmosfera mais instável. Amanhã podemos ter chuva fraca na madrugada, mas a tendência é ir melhorando ao longo do dia", detalhou.
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