Rio - O interventor na Segurança Pública do Rio, general Walter Souza Braga Netto, vai apresentar hoje os dois oficiais que o irão acompanhar até dezembro, período da ação militar no estado. O general Mauro Sinott será o Chefe do Gabinete de Intervenção Federal. Já o secretário de Segurança do Rio, será o general Richard Nunes. Ambos terão autonomia entre si e serão subordinados a Braga Netto.
As funções dos dois setores serão distintas. Enquanto o Gabinete de Intervenção será responsável pela logística e objetivos das operações das Forças Armadas no estado, o secretário de Segurança vai reformular as polícias civil e militar. Nomes de coronéis PM e delegados para os comandos das corporações ainda serão anunciados. Enquanto isso, o comandante da PM, coronel Wolney Dias, confecciona um documento que reúne as mudanças feitas na sua gestão e sugere continuidade de alguns programas para o próximo comando.
Ontem, o Exército realizou a continuidade de uma operação feita na sexta-feira, nas comunidades da Vila Kennedy, Vila Aliança e Coreia, na Zona Oeste. Em nota, a assessoria de comunicação do Comando Conjunto das Operações em Apoio ao Plano Nacional de Segurança Pública informou que a operação "tinha como objetivo efetuar a desobstrução de vias". Essa foi a 26ª operação militar no estado desde junho do ano passado.
Na ação de sexta-feira, militares tiraram fotos de moradores que seguravam seus documentos para checar se eles tinham mandado de prisão pendente. A medida foi criticada por várias organizações.
Ontem, o presidente Michel Temer assinou a medida provisória com a criação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública. Raul Jungmann, que estava à frente do Ministério da Defesa, assumiu a pasta.
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Uma solicitação feita pelo comandante do Exército, general Villas Bôas, ao presidente Temer, foi a criação de uma campanha publicitária sobre a intervenção federal no Rio. Desde a semana passada, anúncios foram pagos pelo governo federal em rádios, jornais e TVs. Uma peça diz: 'O governo que está tirando o Brasil da maior recessão de sua história agora vai tirar o Rio de Janeiro das mãos da violência'.
Procurada, a assessoria do Palácio do Planalto disse que só irá informar o valor gasto na campanha através de pedido via Lei de Acesso à Informação.
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