Concorrendo pelo Psol, ela foi a quinta vereadora mais votada no RioDivulgação
Por O Dia
Publicado 15/03/2018 04:15 | Atualizado 15/03/2018 14:29

Rio - Diversas entidades emitiram comunicado exigindo uma apuração rigorosa do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol). A socióloga foi assassinada, na noite desta quarta-feira, no Estácio, a poucos metros da sede da Prefeitura do Rio. Um carro emparelhou com o que ela estava, e os ocupantes abriram fogo contra ele, fugindo em seguida. Pelo menos cinco tiros atingiram a cabeça da vereadora.

PSOL

"O Partido Socialismo e Liberdade vem a público manifestar seu pesar diante do assassinato da vereadora Marielle Franco e de Anderson Pedro Gomes, motorista que a acompanhava.

Estamos ao lado dos familiares, amigos, assessores e dirigentes partidários do PSOL/RJ nesse momento de dor e indignação. A atuação de Marielle como vereadora e ativista dos direitos humanos orgulha toda a militância do PSOL e será honrada na continuidade de sua luta. Não podemos descartar a hipótese de crime político, ou seja, uma execução. Marielle tinha acabado de denunciar a ação brutal e truculenta da PM na região do Irajá, na comunidade de Acari. Além disso, as características do crime com um carro emparelhando com o veículo onde estava a vereadora, efetuando muitos disparos e fugindo em seguida reforçam essa possibilidade. Por isso, exigimos apuração imediata e rigorosa desse crime hediondo. Não nos calaremos!

Marielle, presente!"

PT

"O brutal assassinato da vereadora Marielle Franco, do PSOL, é um crime que atinge diretamente a cidadania e a democracia. Marielle foi executada no momento em que vinha denunciando os abusos de autoridade e a violência contra moradores das favelas e bairros pobres da cidade, por parte de integrantes de um batalhão da Polícia Militar.

O Partido dos Trabalhadores exige imediata e rigorosa apuração deste crime, que desafia abertamente a política de intervenção federal na área de segurança do Rio de Janeiro.

Nossa solidariedade aos familiares e amigos da companheira Marielle.

Vamos prosseguir com sua luta contra a violência e os abusos contra os pobres".

OAB-RJ

"Assim que tomou conhecimento do bárbaro assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), ocorrido na noite desta quarta, no bairro do Estácio, região central do Rio, o presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz, entrou em contato com a Chefia de Polícia para cobrar uma imediata e rigorosa apuração do crime. “A OAB/RJ não vai descansar enquanto os culpados não forem devidamente punidos. Os tiros contra uma parlamentar eleita e em pleno cumprimento do mandato atingem o próprio Estado democrático de Direito”, afirmou Felipe.

Marielle foi a quinta vereadora mais votada nas eleições de 2016 (46.502 votos). Nascida no Complexo da Maré, era socióloga, com mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), tendo feito sua dissertação sobre o funcionamento das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) nas favelas. Trabalhou em organizações da sociedade civil como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm). Também coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, ao lado do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL). Neste primeiro mandato, Marielle era presidente da Comissão Mulher da Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro."

ANISTIA INTERNACIONAL

"O Estado, através dos diversos órgãos competentes, deve garantir uma investigação imediata e rigorosa do assassinato da vereadora do Rio de Janeiro e defensora dos direitos humanos Marielle Franco.

Marielle foi morta a tiros na noite desta quarta feira, 14 de março, no bairro do Estácio na cidade do Rio de Janeiro.

Marielle Franco é reconhecida por sua histórica luta por direitos humanos, especialmente em defesa dos direitos das mulheres negras e moradores de favelas e periferias e na denúncia da violência policial.

Não podem restar dúvidas a respeito do contexto, motivação e autoria do assassinato de Marielle Franco".

RIO DE PAZ

"Quem matou Marielle Franco?

Mataram uma legítima representante do povo fluminense. Interromperam a vida de um ser humano.

Esse caso não pode se juntar aos demais cuja autoria do crime praticado jamais é elucidada".

INSTITUTO FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (IFRJ) 

"O Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) manifesta profundo pesar e indignação pelo assassinato de Marielle Franco, vereadora carioca e ativista dos direitos humanos.

"Mulher, negra, mãe e cria da favela da Maré", como se definia, Marielle dedicou sua vida acadêmica e sua militância para dar voz e protagonismo às populações marginalizadas do Rio de Janeiro.

Em parceria com o IFRJ, Marielle articulava a implantação dos campi Complexo do Alemão e Cidade de Deus, antiga demanda de moradores por educação pública de excelência para todas e todos.

Neste momento de dor e indignação, o IFRJ se junta a toda a sociedade civil na cobrança pela rigorosa investigação de um crime covarde, que atingiu também o motorista Anderson Pedro Gomes, a cuja família e amigos prestamos nossa solidariedade.

A voz e o exemplo de Marielle continuarão a inspirar todos aqueles que lutam por um Brasil menos desigual."

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