Rio - O último dia da estação mais quente do ano foi marcado por um calor intenso de manhã, com temperaturas na casa dos 36°, que fizeram com que cariocas e turistas aproveitassem o período para curtir as praias. O verão se despediu ontem, deixando saudade para quem gosta do calor intenso, como as turistas peruanas, que aproveitaram para passear na orla do Arpoador. "Eu gosto desse calor. Venho de um clima mais frio, e o nosso verão é muito mais curto, dura apenas dois meses", ressaltou a turista Luciana Ribeiro, de 28 anos.
Luciana estava acompanhada de sua mãe, Gilda Lunavictoria, 50, e da tia, Selmira Lunavictoria, 61, que também aprovaram o verão carioca. "Gosto muito do calor. A cidade é maravilhosa, pois possui praias diferentes. Aqui as praias têm águas mais quentes e o mar é calmo. No Peru, as águas são mais frias e as ondas são muito grandes", avaliou Gilda. A família passou um mês de férias na cidade, e deve voltar ao país de origem no próximo final de semana, com gostinho de quero mais.
Carioca da gema, o auxiliar de veterinário Marcelo Teixeira, de 51 anos, aproveitou a manhã de ontem para fazer uma caminhada na orla. Morador do bairro de Brás de Pina, na Zona Norte do Rio, ele havia saído de uma consulta médica no Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, e foi andando até o Arpoador. "Aproveitar para dar uma volta e ver as modas é muito bom. Adoro o verão, mas o outono será bem vindo. O que vier da natureza está ótimo", festejou.
Menos chuvas
A chegada do outono vai diminuir as temperaturas em todo o estado. Entretanto, a estação que vai até o dia 21 de junho deve seguir o padrão dos últimos anos. "A temperatura média na cidade do Rio deve permanecer entre os 28 e 31 graus durante os três meses de outono. Já com relação aos índices de chuva, a expectativa é que siga um pouco abaixo ou dentro da normalidade. Isso representa uma precipitação de 150 mm a 350 mm", explicou o meteorologista do Inmet, Almerino Marinho.
Com o nível de chuva previsto para os meses de outono, especialistas acreditam que a distribuição de água na capital fluminense deve seguir dentro da normalidade. Na contramão disso, 10 prefeitos das 22 cidades prejudicadas pelos nove meses de seca no ano passado no Norte e Noroeste do Estado do Rio tiveram que pedir auxílio financeiro emergencial ontem, na Alerj. "Se não travarmos os efeitos da seca de 2017, o próximo ano será ainda mais caótico", declarou Manoel Faria, prefeito de Itaocara, uma das cidades afetadas.
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