Rio - A vereadora Talíria Petrone, parlamentar mais votada de Niterói pelo PSOL, vem sofrendo com difamações e mensagens de ódio nas redes. Amiga de Marielle Franco e defensora das mesmas pautas da vereadora assassinada, Talíria teve uma montagem publicada na internet que a confunde com Marielle, como se fossem a mesma pessoa, e as acusam de 'defender bandidos'. O PSOL afirma que vai entrar na Justiça contra o responsável pela divulgação.
"É um vídeo calunioso em que discuto com o vereador, mas com uma série de cortes. Toda vez que caluniam as posições da Marielle matam ela mais uma vez. Porém, com essa mídia foi ultrapassada a divergência política. Há crimes de calúnia, atentado a honra e outros", explicou ela.
No fim do ano passado, a vereadora diz que chegou a ser ameaçada de morte. Segundo Talíria, única mulher na Câmara, além de negra e feminista, um homem armado já chegou a invadir a sede do PSOL para ameaçá-la.
"Em 14 de novembro foi o ápice: foram feitas ligações sistemáticas anônimas para o partido me chamando de 'piranha', 'vagabunda', dizendo que iam explodir a sede do PSOL, me matar com uma bomba", contou.
A Polícia Civil investiga o caso e o PSOL avalia oferecer segurança à vereadora. "Nós vamos seguir defendendo o que Marielle defendia. O medo é menor que qualquer possibilidade de recuo", defendeu.
Da estagiária Luana Dandara sob supervisão de Claudio de Souza
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