Rio - O presidente Michel Temer se reuniu com o governador Luiz Fernando Pezão e o interventor na segurança do Rio, general Walter Braga Netto, na noite desta quarta-feira. O encontro aconteceu no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) e também contou com a presença dos ministros da Segurança Pública, Raul Jungmann; da Defesa, general Joaquim Silva e Luna; e do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen.
Na reunião, Temer aproveitou para confirmar a liberação de R$ 1 bilhão para a segurança do Rio. A notícia da vinda dos recursos ao estado já havia sido adiantada pelo próprio presidente, nesta terça. O montante será liberado nos próximos dias.
Temer contou que, na reunião, foram especificadas as necessidades orçamentárias da intervenção no estado. Segundo ele, grande parte refere-se a dívidas passadas no setor de segurança pública.
"Ouvi as postulações referentes às necessidades administrativas do gabinete do interventor federal. São necessidades que serão supridas pelo governo federal, de um lado, e de igual maneira pelo governo do estado", disse.
O presidente também comentou sobre os R$ 3,1 bilhões que seriam necessários ao estado, segundo cálculos do interventor Braga Netto.
"Definimos que boa parte dela refere-se a um passivo, portanto no passado, e as necessidades ficam em torno de R$ 1 bilhão, que nós já estamos destinando muito proximamente, em dois ou três dias”, declarou.
Segurança em primeiro lugar
O general Braga Netto disse, na última segunda, que a intervenção precisaria de R$ 3,1 bilhões para cobrir dívidas com fornecedores e botar os salários em dia na área de segurança pública. O governo federal assegurou a liberação de R$ 1 bilhão. O restante dos recursos deve vir do orçamento do estado.
Temer ressaltou ainda que o tema da segurança pública não é restrito apenas ao Rio, mas é um assunto que afeta a todo o país.
"Nós resolvemos enfrentar esse tema aqui no Rio de Janeiro, mediante intervenção cooperativa, junto com o governador Pezão. Mas estamos enfrentando essa questão em todo o Brasil, na medida em que criamos o Ministério da Segurança Pública. Nós estamos atendendo a uma das principais preocupações hoje de todo o povo brasileiro. Segurança pública ocupa o primeiro lugar nas preocupações daqueles que vivem no nosso país", defendeu.
De acordo com presidente, a tendência é de queda nos índices de criminalidade no Rio: "Ouvi relatos, sobre o início desta intervenção, e tudo revela que poderá haver uma tendência de queda das várias espécies delituosas. Ao longo do tempo isso realmente ocorrerá, o que é muito bom".