Joelma desapareceu dia 21Reprodução / Internet
Por RAFAEL NASCIMENTO
Publicado 28/03/2018 12:02 | Atualizado 28/03/2018 19:01

Rio - Uma fisioterapeuta de 40 anos foi encontrada morta, amarrada e nua, dentro do poço em um terreno onde funciona um centro espírita, em Magé, na Baixada Fluminense. Joelma Rosa de Oliveira havia falado com o pai pela última vez no dia 21, através do WhatsApp. Seu corpo, porém, chegou ao Instituto Médico-Legal (IML) de Duque de Caxias às 18h desta terça-feira, dia 27. Familiares e amigos desconfiam que ela foi estuprada. A 66ª DP (Piabetá) registrou o caso.

"Por que fizeram isso com minha filha? Por que a Polícia Civil ainda não isolou o local e realizou uma perícia?", indagou o pai da vítima, o empresário Jonas de Oliveira, de 63, na manhã desta quarta-feira.

Joelma morava com o pai e o irmão no Jardim América, na Zona Norte do Rio. Segundo eles, a fisioterapeuta frequentava o centro há cerca de 10 anos, onde fazia trabalhos sociais. Na noite do dia 21, após um culto, ela decidiu dormir no local porque tinha consulta com paciente no dia seguinte em Magé.

Fisioterapeuta Joelma Rosa de OliveiraReprodução / Internet

"O sonho dela era abrir uma clínica na Taquara, bairro de Magé", disse o designer Jonas Oliveira Júnior, de 34, irmão dela. A família da vítima não estranhou o sumiço porque ela tinha costume de ficar no local por vários dias. De acordo com os parentes, quem estranhou o desparecimento da fisioterapeuta foram os "irmãos" do centro espírita.

"Não estranhamos o desparecimento dela porque era muito comum minha irmã ficar lá", contou Jonas. "Quem nos informou sobre esse fato foi o pessoal do centro que ela frequentava", concluiu.

O delegado Antonio Silvino, da 66ª DP, falou rapidamente sobre o caso. Os donos do centro já foram chamados para prestar depoimento, que deve ocorrer na tarde desta quarta-feira. Um dos donos do centro espírita comunicou a 66ª DP que tinha encontrado o corpo, iniciando as investigações, que podem ter o apoio da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

"O poço tem seis metros de profundidade e estava com água. Os donos do terreno disseram que não viram nada, apenas encontraram o corpo", disse o delegado Antonio Silvino.

Segundo amigos de Joelma, o corpo, em estado de putrefação, só foi localizado em virtude do forte cheiro. Uma pulseira de identificação, presa no punho da vítima, ajudou no reconhecimento. Porém, será necessário um exame de DNA para a confirmação. 

O enterro da fisioterapeuta será nesta quinta-feira, às 10h, no Cemitério da Taquara, em Magé. 

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