Por Agência Brasil

Rio - O Museu de Ciências da Terra, também conhecido como Palácio da Geologia, vai passar por ampliação e modernização. O espaço, instalado na Urca, zona sul do Rio, em um prédio de estilo neoclássico tombado por decreto municipal, é administrado desde 2012 pela Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM), empresa ligada ao Ministério de Minas e Energia. 

A reforma inclui a incorporação de acervos dedicados à história da exploração e produção de petróleo e gás no Brasil e a construção de um centro de referência em geociências, com a instalação de laboratórios de alta performance voltados para pesquisas geológicas e análises geoquímicas.

O protocolo de intenções para a realização das obras foi assinado ontem (27), no Ministério de Minas e Energia, em parceria com a Petrobras, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e a CPRM. De acordo com a Petrobras, a perspectiva é de que o contrato definitivo seja assinado ainda este ano para que as obras tenham início em 2020.

O banco de dados de exploração e produção da Agência Nacional do Petróleo, considerado o maior acervo do país de informações históricas sobre dados sísmicos das bacias terrestres e marítimas brasileiras, vai passar para um novo espaço com a criação de um centro de rochas e fluidos.

Segundo a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Solange Guedes, a intenção é transformar o Museu de Ciências em referência nacional. “Vamos modernizar e reformar o espaço, trazendo um acervo riquíssimo que registrará mais de 60 anos das nossas atividades de exploração de petróleo e gás no Brasil.”

O centro de pesquisas geólogicas terá equipamentos de nível internacional, de acordo com a diretora. “Além de mostrar ao público a história do petróleo no país, o espaço será equipado com um autêntico centro de pesquisas geológicas de classe mundial, dedicado à geração de conhecimento sobre o tema”, informou.

Integram o acervo do museu centenas de amostras de rochas representativas da geologia das bacias petrolíferas brasileiras e de compostos de petróleo coletados ao longo de mais de seis décadas de atuação da Petrobras. Os dados contam a trajetória das atividades geofísicas no país.

Classificado como um dos mais ricos da América Latina, o acervo conta com 7 mil amostras de minerais brasileiros e estrangeiros, 12 mil rochas, meteoritos e fósseis, que somam mais de 100 mil espécimes. A biblioteca tem cerca de 90 mil volumes de publicações relacionadas à área de geociências e as crianças podem visitar uma parte destinada a elas na Biblioteca Infantil.

Participaram da cerimônia de assinatura do convênio, o diretor-geral da ANP, Décio Odone, o diretor-presidente da CPRM, Esteves Colnago, o gerente geral de Exploração da Área Terrestre da Petrobras, Ricardo Pinheiro Machado, e outros representantes do setor.

O Museu de Ciências da Terra foi construído em 1908 para sediar o Palácio dos Estados, durante a Exposição Comemorativa do Centenário da Abertura dos Portos do Brasil.

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