Rio - Um colaborador do vereador Marcello Siciliano (PHS) foi morto a tiros, na noite deste domingo, na Taquara, Zona Oeste do Rio. De acordo com a assessoria de imprensa do parlamentar, Alexandre Pereira era líder comunitário e representava a região na Câmara. Ele identificaria as necessidades dos moradores da área e as repassaria ao vereador. O crime ocorreu dois dias após Siciliano depor na Delegacia de Homicídios (DH) da Capital sobre o caso da morte da vereadora Marielle Franco (Psol) e de seu motorista, Anderson Gomes, no dia 14 de março, no Estácio, região central do Rio.
Até o momento, não há detalhes sobre o motivo do crime. O 18º BPM (Jacarepaguá) chegou a ser acionado para o local, onde agentes da DH fizeram perícia. Alexandre utilizava um colete azul com o nome de Siciliano em eventos da prefeitura. Segundo a assessoria, todos os colaboradores precisam assinar um termo de responsabilidade no momento em que recebem a roupa. Todos os coletes são numerados.
A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) da Polícia Civil investigava a possível relação de Alexandre com milicianos da Taquara. Já a DH, que não intimou Alexandre a depor no caso Marielle, vai investigar a relação dele com o vereador Siciliano e com milicianos.
Marcello Siciliano depôs sobre o caso da morte de Marielle Franco na última sexta-feira. Os policiais foram ao gabinete de Siciliano na Câmara dos Vereadores na quinta-feira, mas ele não estava no local. Na manhã de sexta, o parlamentar foi notificado para prestar depoimento, que ocorreu um dia após o vereador Zico Bacana (PHS) ir à Delegacia de Homicídios.
Em nota, Siciliano informou que recebeu "com grande pesar a notícia de falecimento". "Durante o tempo em que esteve conosco, ele fez tudo pela sua localidade e estava sempre disponível para ajudar no que fosse necessário. Me solidarizo com a dor dos familiares e amigos. Podem contar comigo para ajudar no que for preciso", disse o parlamentar.