Rio - O Ministério Público Federal (MPF), por meio do Controle Externo da Atividade Policial no Rio de Janeiro decidiu instaurar procedimento investigatório criminal (PIC) para apurar eventual conduta ilegal do policial rodoviário federal em episódio ocorrido no bar Bip Bip, em Copacabana, no dia 18 de março, quando o dono do estabelecimento, Alfredo Jacinto Melo, 74 anos, conhecido como Alfredinho, teria pedido aos clientes um minuto de silêncio em homenagem a memória da vereadora Marielle Franco (Psol), executada a tiros no dia 14 daquele mês.
O MPF quer saber se houve possível prática dos crimes de abuso de autoridade, violência e perturbação da ordem, constrangimento mediante violência ou grave ameaça, injúria, prática de violência no pretexto do exercício da função, usurpação do exercício da função pública e desacato de autoridade. Para tanto, o procurador da República Eduardo Benones determinou a intimação para prestarem esclarecimentos ao policial Haroldo Ramos e Alfredinho, além de uma testemunha, do PM que registrou a ocorrência, bem como do delegado-adjunto do 14ª DP (Leblon), onde foi registrado a ocorrência.
"A medida vem da necessidade de prosseguir as diligências, visando a colheita de informações, depoimentos, documentos e outros elementos aptos a direcionar e definir a linha de atuação do MPF", explicou o procurador da República Eduardo Benones, titular do 52º Ofício Exclusivo do Controle Externo da Atividade Policial.