Rio - Os pais de um bebê que nasceu com problemas respiratórios e está internado na Maternidade Mariana Bulhões, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, estão reclamando da demora do hospital em fazer a transferência do recém-nascido. Segundo a mãe Jeanne Marques, de 17 anos, e o pai Alessandro de Souza, de 32, a unidade disse que Pedro Marques, de apenas 18 dias, precisava ser encaminhado para um local mais equipado e passar por exames.

No entanto, mesmo após a família assinar os termos de transferência, o bebê continua na maternidade. Os pais temem que o recém-nascido contraia uma bactéria. "O médico me chamou e falou que o hospital não tem condições de ficar com meu filho. Não tem encaminhamento para mandar meu filho para um hospital melhor conforme eles já tinham passado e me feito assinar um papel de transferência", acrescentou Alessandro.

De acordo com o pai da criança, o casal não tem condições de arcar com os custos dos exames e de uma possível cirurgia. "O médico me deu um papel para eu recorrer na Justiça, mandou procurar a assistente social do hospital. Cheguei lá e peguei a informação de quanto seria mais ou menos essa operação, por curiosidade. Mas a cirurgia custa R$ 30 mil. Eu sou pobre, eu não tenho condição de ter R$ 30 mil", reforçou.

Alessandro enfatizou que ele e a mulher estão desesperados, e teme o pior caso a transferência não seja feita. "É um momento de desespero e agilidade, mas mesmo assim a gente precisa ter calma. Infelizmente, eu também não tenho recurso, como o médico disse. E ainda falou que meu filho pode vir a óbito. É muito difícil um pai ouvir isso", disse.

Procurada, a Central de Regulação da Secretaria de Estado de Educação informou que o bebê será transferido para o Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro, na Zona Sul da capital, mas não disse quando.

Com reportagem do estagiário Rodrigo Sampaio, sob supervisão de Gabriela Mattos