Prefeito Marcelo Crivella vistoriou obra nesta terça-feiraEdvaldo Reis / Prefeitura do Rio
Por O Dia
Publicado 10/04/2018 13:23

Rio - O prefeito Marcelo Crivella afirmou, nesta terça-feira, que o desvio do Rio Joana e os reservatórios resolverão os problemas de enchente na Grande Tijuca. Ele vistoriou a obra, que está 80% concluída, nesta manhã. Além do desvio e dos piscinões para armazenar o volume da chuva, o trabalho inclui também a construção do maior túnel urbano de drenagem do país

A construção do túnel e das galerias ocorre sob a linha férrea do metrô e dos trens da Supervia, até o deságue na Baía de Guanabara, na região do Cais do Porto. De acordo com a prefeitura, a conclusão dessa fase permitirá a ligação do novo curso do rio com o braço antigo do Joana, perto do Maracanã, e depois com a Baía. O término da obra está previsto para antes do próximo verão.

"É uma obra monumental de infraestrutura. Estamos investindo nessa obra quase R$ 500 milhões, incluindo os grandes reservatórios. Isso vai fazer com que a Grande Tijuca fique livre das enchentes de verão. E não é só para nós, não. Nossos netos e bisnetos vão ficar redimidos daquilo que nossos antepassados sempre sofriam, com a água invadindo prédios e o comércio e estragando automóveis. Esse tempo está passando, com essa obra na Grande Tijuca", destacou Crivella. O desvio do Rio Joana terá extensão total de 3.412 metros. Destes, 2.400 metros serão de túnel e 1.012 metros de galeria.

Segundo a prefeitura, o sistema de drenagem criado pelo Programa de Controle de Enchentes conta ainda com a operação de cinco reservatórios profundos de amortecimento de água de chuva, com capacidade total para 119 milhões de litros. Já os piscinões ficam nas praças da Bandeira (um de 18 milhões de litros); Niterói (três, que reservam juntos 58 milhões de litros); e Varnhagen (um de 43 milhões de litros). A prefeitura informou que a manutenção desses reservatórios custa R$ 10 milhões por ano.

Presidente da Fundação Rio-Águas, o engenheiro Cláudio Dutra explicou que estão sendo feitos estudos para avaliar a melhor forma de construção dos reservatórios da Heitor Beltrão e do Alto Grajaú, que vão complementar o sistema. "Nos dois casos, intervenções nas calhas dos rios, se viáveis, poderão representar economia de custos, já que reduzirão o tamanho dos piscinões", informou, a prefeitura, em nota.

"É importante que se diga que os reservatórios da Bandeira, da Niterói e da Varnhagen impediram que o equivalente a 70 piscinas olímpicas inundassem nossas ruas naquele temporal de 14 de fevereiro. Isso demonstra a importância do trabalho que estamos fazendo com os reservatórios e também com o desvio do Rio Joana", enfatizou Dutra.

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