Rio - Sete pessoas foram presas, nesta quinta-feira, na Operação Rizoma, um desdobramento da Lava Jato. Segundo a Polícia Federal, foram apreendidos R$ 400 mil em espécie, além de computadores, documentos e uma pequena quantidade de moeda estrangeira, encontrados na residência de um dos operadores financeiros do grupo sob investigação.
A ação investiga os crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção. Ao todo, 140 agentes da Polícia Federal atuaram nas ruas no Rio, Brasília e São Paulo para cumprir dez mandados de prisão preventiva e outros 21 mandados de busca e apreensão.
Entre os alvos da operação está Arthur Pinheiro Machado, apontado como operador e criador da Nova Bolsa. Ele foi preso em São Paulo, segundo a PF. Além dele, também são alvo o lobista Milton Lyra, citado em operações anteriores como operador de políticos, e Marcelo Sereno, ex-secretário nacional de comunicação do PT. A empresária Patricia Iriarte também foi presa nesta manhã.
A ação, liderada pelo Ministério Público Federal (MPF), investiga suspeitos de participar de um esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina para gestores dos fundos de pensão dos Correios (Postalis) e do Serpro, empresa pública de tecnologia da informação.
O MPF aponta que valores oriundos dos fundos de pensão eram enviados para empresas no exterior gerenciadas por um operador financeiro brasileiro. As remessas, apesar de aparentemente regulares, referiam-se a operações comerciais e de prestação de serviços inexistentes. Em seguida, os recursos seriam pulverizados em contas de doleiros também no exterior, que disponibilizavam os valores em espécie no Brasil para suposto pagamento de propina.
Em nota, a defesa de Arthur Pinheiro Machado e de Patricia Iriarte negou a participação dos empresários em esquemas ilícitos. "Ambos sempre agiram no mais absoluto respeito à legislação e que não compactuam com práticas ilegais", completou.
Com informações do Estadão Conteúdo