Rio - A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, nesta quinta-feira, a Medalha Tiradentes post mortem para Marielle Franco. A vereadora do Psol foi assassinada, junto com seu motorista, Anderson Gomes, no último dia 14 de março, no Estácio, região central da cidade. A homenagem é a maior honraria do parlamento fluminense.
O projeto de resolução 612/18 para conceder a Medalha Tiradentes à Marielle é de autoria do deputado Marcelo Freixo (PSol) e será promulgado e publicado no Diário Oficial nos próximos dias.
O deputado diz que a homenagem é para Marielle e também para as causas pelas quais ela lutava. "É muito estranho o sentimento porque talvez esse seja o projeto mais importante e mais triste que já defendi. Na verdade, eu não queria precisar apresentá-lo porque eu queria ter a Marielle do meu lado. O sentimento por Marielle é uma história muito profunda. Então, era uma obrigação minha apresentar esse projeto para que a gente possa trabalhar a memória e imagem dela, porque ela deixou muita coisa, muitos símbolos, mas ela também deixou saudade", disse Freixo.
Crime em aberto
A morte de Marielle Franco repercutiu internacionalmente com manifestações por vários dias nas ruas e muitas notícias. Na noite do dia 14 de março, no bairro do Estácio, região central da capital, o carro em que a vereadora estava foi atingido com nove dos 13 tiros disparados. Quatro deles atingiram a cabeça de Marielle e três, o motorista Anderson Pedro Gomes, que também morreu. As autoridades ainda não descobriram os autores e nem os motivos do crime.
Eleita vereadora com mais de 46 mil votos em 2016, Marielle era socióloga e mestre em Administração Pública, tinha 38 anos, era oriunda da favela da Maré, na Zona Norte, bissexual, mãe e ativista em prol das causas das mulheres e das populações negra, periférica e LBGT. Antes do cargo político, atuou na Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Alerj.